Site oficial do escritor e jornalista José Nêumanne Pinto

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No Blog do Nêumanne: Por que não?

Nenhum candidato a fracassar nas urnas em outubro ou beneficiário de eventuais boquinhas que poderia usufruir com sua vitória pode pretender-se guia e tutor do voto soberano do eleitor

Findo o inverno da “eleição sem Lula é fraude” e do “Lula livre”, pois se esgotaram os esforços para driblar a Lei da Ficha Limpa nas altas instâncias do Judiciário, chegou a primavera do “ele não”. Com a chapa de direita do capitão reformado do Exército e deputado federal Jair Bolsonaro no topo das pesquisas de intenção de voto, excluído o ficha-suja Lula, condenado a 12 anos de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, resta à esquerda e ao soit-disant “centro democrático” o podre expediente de desacreditar o eleitor a pretexto de desqualificar o candidato. As pesquisas os assustam muito: o político do baixo clero, de pífia atuação parlamentar, formando chapa com um general boquirroto da legenda de aluguel de propriedade do usuário do monotema eleitoral do “aerotrem”, Levy Fidelix, pode ganhar o pleito já em 7 de outubro, no primeiro turno, edificilmente não disputará o segundo, ou seja,  não está de todo afastada a possibilidade de chegar à Presidência da República pelo voto popular.

Para evitar o desfecho previsível e anunciado, mas nem por isso inexorável, um exército de corneteiros do apocalipse sepôs em marcha. A cantora baiana Daniela Mercury desafiou sua colega Anitta, que havia caído em pecado ao “seguir” amiga declarada eleitora do capitão demolidor, a negar-lhe apoio. Temendoas consequências do assédio, a outra se declarou, correndo,adepta do #elenao, hashtag da moda. “Quero deixar claro para vocês, se ainda não ficou, que eu não apoio o candidato Bolsonaro”, postou a cantora. Ciro Gomes, natural de Pindiamonhangaba, cidade paulista onde nasceu Geraldo Alckmin, e suserano da República de Sobral, colou na camisa do líder nas pesquisas o rótulo de “protofascista”. O PSDB parece disposto a liderar uma campanha para reformar a Constituição e proibir simpatizantes do venezuelano Hugo Chávez de disputarem eleições no Brasil, à exceção do PT de Lula, Dilma e Haddad, é claro. ACM Neto, presidente do DEM, prefeito de Salvador e timoneiro da nave tucana, que faz água em mar turbulento, foi além, ao sugerir que “eleição não pode ficar entre prisão e facada”. Marina Silva, adepta de panos quentes, filosofou: no primeiro turno, o eleitor pode votar no candidato do coração e deixar para evitar um desafeto na rodada definitiva.

Estado apurou que um grupo de “artistas, advogados, ativistas e empresários articula um manifesto contra a candidatura de Jair Bolsonaro”. Segundo Renata Agostini, uma versão preliminar do manifesto conta com cerca de 150 assinaturas, entre elas as de Maria Alice Setúbal, educadora e acionista do Itaú Unibanco, protagonista da campanha de Dilma contra Marina em 2014; do economista Bernard Appy, que foi secretário de Política Econômica do governo Lula; do empresário Guilherme Leal, sócio da Natura e financiador de campanhas de Marina; de Caetano Veloso, ex-devoto do “Lula livre” e eleitor declarado de Ciro; do advogado e professor da FGV Oscar Vilhena; e do médico Drauzio Varella.

Segundo a reportagem, “o documento intitulado Pela democracia, pelo Brasil não indica apoio à candidatura do Partido dos Trabalhadores (PT) nem de qualquer um dos adversários do deputado, mas afirma ser necessário um movimento contra o projeto antidemocrático do candidato do PSL”. Reza o texto: “É preciso dizer, mais que uma escolha política, a candidatura de Jair Bolsonaro representa uma ameaça franca ao nosso patrimônio civilizatório primordial (sic). É preciso recusar sua normalização, e somar forças na defesa da liberdade, da tolerância e do destino coletivo entre nós (sic)”. O documento diz que o País já teve em Jânio Quadros e Fernando Collor de Mello “outros pretensos heróis da pátria, aventureiros eleitos como supostos redentores da ética e da limpeza política”, mas que acabaram levando o Brasil ao “desastre”. E, em apelo às trágicas lembranças da 2.ª Guerra Mundial, os autores do relambório proclamam: “Nunca é demais lembrar, líderes fascistas, nazistas e diversos outros regimes autocráticos na história e no presente foram originalmente eleitos, com a promessa de resgatar a autoestima e a credibilidade de suas nações, antes de subordiná-las aos mais variados desmandos autoritários.”

Ao contrário de Bolsonaro, Jânio chegou à Presidência da República após ter sido eleito e cumprido mandatos na Câmara Municipal e na Prefeitura de São Paulo, no governo do Estado e no Congresso Nacional. Renunciou ao cargo mais alto e, depois, disputou o governo paulista e foi, de novo, eleito eempossado prefeito da maior cidade do País. Qual dos 150 eventuais signatários da cartilha citada tem a apresentar a seus prosélitos tantas demonstrações de apreço popular? Talvez tais manifestantes nem saibam, mas, consultando a Wikipédia, saberão que Fernando Collor “foi prefeito de Maceió de 1979 a 1982, deputado federal de 1982 a 1986, governador de Alagoas de 1987 a 1989 e o 32.º presidente do Brasil, de 1990 a 1992. Renunciou à Presidência da República em 29 de dezembro de 1992, horas antes de ser condenado pelo Senado por crime de responsabilidade, perdendo os direitos políticos por oito anos. Posteriormente, voltou às disputas eleitorais e, desde 2007, é senador por Alagoas”. Ou seja, as instituições continuaram funcionando.

Talvez não tivessem como encontrar notícias de que o desastre que ora vivemos e que pode resultar até na vitória de seu adversário preferencial foi provocado pelos catastróficos desgovernos do presidiário Lula e da futura senadora pelo PT de Minas, Dilma Rousseff. Com o auxílio luxuoso do vice Temer, que ajudou o poste de Lula a chegar à Presidência e, depois, beneficiou-se da incúria, incompetência e inabilidade da titular da chapa que derrotou o tucano Aécio Neves em 2014.

Os responsáveis pela “advertência” sobre os malefícios que podem advir de uma eventual (e não inevitável) vitória de Bolsonaro têm todo o direito de votar em quem bem entenderem e até mesmo de encontrar bons motivos para convencerem quem não os acompanha de que deveriam fazê-lo. O que não devem é se comportar como se fossem revisores universais da soberania popular ou, o que é pior, tentar tutelar a decisão do cidadão diante da urna. Cobrar de Jânio, Collor, Lula, Dilma, Temer e até de Aécio pela traição que cometeram no exercício do cargo público para o qual foram eleitos ou derrotados é lícito, válido e pode ser explicitado. Tentar censurar o eleitor enganado pelos erros de quem os ludibriou é nefanda má-fé de quem pratica esse ato vil, de mera covardia cívica.

Caso diferente é o de representantes de seis centrais sindicais que divulgaram, no sábado, 22 de setembro, nota de repúdio ao mesmo Bolsonaro. Sob o título Sindicalistas contra o projeto fascista de Bolsonaro, representantes da Força Sindical, das Centrais dos Trabalhadores e das Trabalhadoras do Brasil (CTBs), da Nova Central Sindical, da Intersindical e daConlutas a nota classifica Bolsonaro como “antitrabalhadores” e repudia o candidato do PSL “por sua postura antidemocrática, intolerante com minorias, que faz apologia da violência, e pela sua conivência com práticas repugnantes, como a defesa de torturadores”. Para os sindicalistas, a eleição de Bolsonaro pode representar “ameaça de retorno a (sic) ditadura militar”. A argumentação se insere na liberdade permitida pela luta política, da qual o marketing negativo faz parte, como, aliás, a propaganda dos partidos no rádio e na televisão exibe sem pudor nem justa causa.

Detalhe interessante no caso é que a Central Única dos Trabalhadores (CUT), braço sindical do PT de Lula, Dilma e Haddad, não subscreveu o documento, a exemplo da União Geral dos Trabalhadores (UGT). A ausência tem motivo político: ao contrário do “Centrão”, ao qual se associa parte da esquerda viúva do presidiário de Curitiba, o partido deste tem noção de que está no jogo e se dispõe a disputá-lo para ganhar ou perder. No caso de derrotada por Bolsonaro, o que temem seus adversários da dita “terceira via” (risos gerais no salão), e talvez tenham razões que nós outros desconhecemos para tanto, os petistas sabem que logo ocuparão o confortável camarote da oposição. Dele combaterão à luz dos holofotes as catástrofes que profetizam Alckmin, Ciro e Marina, ao lado da pretensa censora de biografias Paula Lavigne. E, então, tirarão proveito, como já o fizeram antes, dos erros dos adversários, o que tornará lana caprina a culpa deles mesmos nos desastres provocados pelos próprios desgovernos.

Ou seja: ele não? Por que não?, cantarolava o signatário Caetano…

*Jornalista, poeta e escritor

(Publicado no Blog do Nêumanne segunda-feira 24 de setembro de 2018)

Para ler no Blog do Nêumanne, Política, Estadão, clique no link abaixo:

https://politica.estadao.com.br/blogs/neumanne/por-que-nao/


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No Blog do Nêumanne: Petistas furtaram e a culpa é dos outros, jura Haddad

 

No Jornal Nacional candidato petista ao Planalto usou autocrítica de Tasso para inculpar Cunha, Temer e tucanos pela rapina geral da República nos desgovernos de Lula e Dilma

A transformação de estepe em poste de Lula em cadeia nacional, na primeira sabatina a que se submeteu na televisão comercial como candidato a presidente da República, foi uma excelente oportunidade para o público já enfronhado nas circunstâncias reais que impediram a candidatura do ex conhecer os dotes que fizeram o substituído escolher o substituto.

Os entrevistadores William Bonner e Renata Vasconcellos usaram grande parte dos 27 minutos que lhes couberam da entrevista ao vivo para cobrar do professor da Universidade de São Paulo (USP) algo que se assemelhasse a uma autocrítica. Essa estratégia, como se sabe, é um antigo truque retórico de engodo da opinião pública, useiro e vezeiro em partidos comunistas, ao qual, aliás, nunca aderiu o Partido dos Trabalhadores (PT), que se diz socialista, mas sempre foi inimigo de comunistas. Agora Fernando Haddad, que nos redutos petistas do Brasil profundo é chamado de “Andrade”, revelou que o partido se dispõe a adotar a autocrítica dos outros para com ela conseguir o efeito supremo de transferir para adversários crimes dos quais seus correligionários são acusados pela polícia e pelo Ministério Público e severamente apenados pelos juízes de primeira e segunda instâncias. Não é propriamente uma inovação, muito menos uma surpresa, mas não deixa de revelar uma estratégia de simulação, no mínimo, interessante, embora não se saiba quando e se produzirá efeito.

A oportunosa ensancha foi dada ao poste petista por um adversário de alto coturno. No sábado, o Estado publicou entrevista exclusiva do repórter de política Pedro Venceslau, enviado especial a Fortaleza, na qual o ex-presidente nacional do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) e presidente do Instituto Teotônio Vilela, da mesma legenda, Tasso Jereissati,fez uma autocrítica em regra das atitudes de seus aliados. Na entrevista, o “Galego”, como é conhecido pelos íntimos, soltou a língua, com a qual despejou fogo amigo de matar de inveja qualquer dragão.

De início, vituperou correligionários que recorreram à Justiça Eleitoral para exigir a recontagem dos votos na eleição de 2014, pondo em dúvida o triunfo dos adversários Dilma Rousseff e Michel Temer. Na opinião de Jereissati, notório adversário de Lula e irmão de um dos maiores amigos do desafeto, Carlos, dono do Shopping Center Iguatemi e da La Fonte, o pedido de recontagem afronta a democracia. Além disso, o cearense não poupou ferinas condenações à adesão do PSDB ao governo de Michel Temer logo após o impeachment de outro poste de Lula, Dilma Rousseff. Haddad seria um tolo se não usasse as mágoas fratricidas do adversário. E, como se sabe sobejamente, tolo Haddad não é.

Então, para defender a correligionária Dilma, o “Andrade” recorreu ao fogo amigo de Tasso para retirar dela a pecha de ter sido o pior presidente da História de nossa insana República. Nessa teoria econômica, digna de um prêmio qualquer das Nações Unidas, a mais nova simpatia ideológica do petismo condenado por corrupção, a “púcara búlgara” (apud Campos de Carvalho) tinha tudo para surfar na onda de sucesso e benfeitorias do antecessor, papai Lula. Mas sucumbiu às pautas-bomba aprovadas no Congresso por seu ex-vassalo e, depois, inimigo Eduardo Cunha, do “quadrilhão” do PMDB, hoje MDB, só para atender aos interesses do grupo do então vice-presidente, que, como se viu, conspirou para tirar a titular da chapa do poder e assumir o trono presidencial, naquilo que a petista Fátima Bezerra chamou de “gópi”. E mais: aproveitou-se Haddad, oportunista como um ponteiro de rede para fazer um ponto sem bloqueio na quadra de vôlei da política: sôfregos por poder, os derrotados tucanos  lambuzaram-se do mel republicano aderindo ao “golpista” Temer.

A semana ainda não tinha começando quando o tucano de alta voltagem respondeu ao atual poste lulista com um truísmoarrebatador: “Usou uma reflexão honesta para proselitismo político”. Não sabe de nada o inocente! Político, filho de politico, empresário, herdeiro de fortuna paterna, o tucano do Ceará descobriu o Brasil de bicicleta, como dizem na Praça do Ferreira e na Praia de Iracema. Político que não usar deslize sincero de adversário como argumento de palanque está convidado a mudar de profissão com urgência. O caso é que Tasso não é bem um inocente, pois fez fogo amigo na cabeça de Geraldo Alckmin para ajudar um aliado de velhos tempos, Ciro Gomes, a chegar ao segundo turno numa disputa que parece fadado a ter com Jair Bolsonaro. Mas como tucano guarda balas especialmente para disparar no próprio peito, Tasso forneceu munição a Haddad, em movimento de subida nas pesquisas, enquanto Ciro afunda, vítima, como sempre, do próprio temperamento, digamos, mercurial. Ou seja, a bala entrou no rol das perdidas, num dos vários sentidos da palavra.

Tasso tinha meia razão. O pedido de recontagem de votos foi estúpido, mas em nada deslustrou a democracia. Num processo julgado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) surgiram inúmeras provas de que o pleito de 2014 foi fraudado. E pior: por vencedores e vencidos. Então, a autocrítica do tucano omitiu evidências de recurso dos correligionários ao propinoduto da Odebrecht. Dilma deve ter tido mais votos do que Aécio Neves, mas isso não se deveu apenas ao apoio do padim Lula. Sem a presença na chapa de Michel Temer, levando a capilaridade do PMDB da época, madama talvez não tivesse sequer chegado ao segundo turno. Mas a sede de vingança do cearense impediu que ele aproveitasse seu sincericídio para constatar o óbvio. A “reflexão honesta” do antecessor de Ciro no governo do Ceará foi, então, no mínimo, incompleta. Se não ressuscitasse a candidatura de cachorro morto do ex-governador paulista, poderia pelo menos contribuir para a História.

A parte que Haddad acrescentou na sabatina no Jornal Nacional, contudo, não se limitou à tentativa de explicar como bonança a tempestade sob Dilma. Ele foi além.Primeiramente, reconheceu que, de fato, alguns petistas abusaram do acesso aos cofres do poder. Mas muitos dos que foram condenados (certamente o caso de Lula, que ele não citou) são mesmo vítimas do “abuso de poder” de policiais, procuradores e juízes federais, facilitado pelas delações premiadas. Uma versão desmente a outra, mas “Andrade” nunca teve mesmo compromisso com a lógica…

E, em segundo luar, além de confirmar a frase de Jean-Paul Sartre (em Huis Clos) segundo a qual “o inferno são os outros”, o preposto estepe que virou poste sem luz atribuiu sua derrota humilhante na eleição de 2016 à indução dos eleitores ao erro, da parte dos autores de pautas-bomba no Congresso e aproveitadores do “gópi”. Vamos aqui agora abrir parêntesis para a trajetória política curta e inglória de um professor da Universidade de São Paulo que resolveu tornar-se valet de chambre de seu líder, patrono e senhor, Lula da Silva. O ex-ministro de Educação não teve pejo em alardear seus feitos na pasta – Fies, Pró-Uni e outros adereços de marketing – no dia em que as Nações Unidas (que o PT agora não pode desqualificar) divulgaram seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). O Brasil ficou abaixo da Venezuela, estagnado em 79.º lugar. E isso não se deu por causa da recessão – segundo ele, de Cunha, Temer e PSDB –, mas pela educação,

Voltando à narrativa, o PT protagonizou com os aliados e ainda com a mão amiga da oposição de fancaria do PSDB a maior rapina dos cofres públicos da História, mas a culpa, conforme o mais novo contador de lorotas pseudo-históricas de palanque e debate, é de Satanás (apud Sartre). E o fato de ele ter tido menos votos do que a soma dos nulos e em branco na eleição municipal paulistana de 2016 deveu-se à burrice do povo, que o fez naufragar em todos os bairros periféricos da maior cidade do País. Ou melhor, da incapacidade que o brasileiro comum tem de resistir às ficções que a canalha política inventa para ludibriá-lo. Assim, ficamos sabendo por que Haddad e outros asseclas do presidiário mais célebre e celebrado do Brasil insistem em fantasias absurdas, tais como a injusta perseguição de um criminoso corrupto e lavador de dinheiro, que pretende votar e ser votado numa “cela de estado-maior”, que, ninguém sabe por quê, não é trocada por uma prisão de verdade, em que hoje cumprem pena pobretões, operadores do PT e empreiteiros corruptores.

  • Jornalista, poeta e escritor

(Publicado no Blog do Nêumanne segunda-feira 17 de setembro de 2018)

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No Blog do Nêumanne: Democracia apunhalada

Tentativa de assassinar candidato à Presidência não pode ser tratada como ato insano de ‘lobo solitário’, pois é, de fato, atentado contra liberdade e direito de discordar e disputar eleição

O servente de pedreiro Adélio Bispo de Oliveira, mineiro, 40 anos, tem, como todo brasileiro, liberdade para, em nome dos ideais que o levaram a filiar-se ao PSOL e depois desfiliar-se, discordar de todos quantos não professem sua fé revolucionária e, no limite total, insultar quem dele discorde. Mas qualquer bebê de colo tem plena noção de que não lhe assiste autorização da sociedade para, munido de uma arma branca, ferir e tentar matar quem não comungue de seus ideais revolucionários e antidemocráticos. Ao fazê-lo, atentou contra o maior bem de que dispõe qualquer ser humano, a vida. Só que fez muito mais: cometeu um grave crime político de lesa-liberdade contra o Estado de Direito, que assegura a todos, sem exceção, permissão para pensar, empreender, expressar-se, concordar ou discordar e seguir qualquer credo religioso ou partidário.

O que aconteceu no fim da tarde de quinta-feira 6 de setembro em Juiz de Fora (MG) foi a terceira ocorrência criminal grave na política brasileira neste ano de sangue, ódio e medo. O primeiro teve lugar em 14 de março no centro do Rio de Janeiro e nele foram vitimados a vereadora do PSOL Marielle Franco e o motorista, Anderson Gomes, executados a balaços de um fuzil automático usado por atiradores até agora não identificados, que passavam num carro ao lado do ocupado pelos baleados. Em 27 de março, 13 dias depois, um atirador até agora não identificado pela autoridade policial – Polícia Rodoviária Federal (PRF), Polícia Civil do Paraná ou Polícia Federal (PF) – alvejou com um revólver um ônibus da caravana que seguia o pretendente à Presidência da República Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores (PT). E Jair Bolsonaro, deputado federal pelo Partido Social Liberal (PSL) disputando idêntico posto, foi esfaqueado, sobreviveu e está internado em estado gravena Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Albert Einstein, em São Paulo, depois de ter sido submetido a uma laraparoscopia na Santa Casa de Misericórdia na cidade onde foi ferido.

Tudo o que se conhece sobre autorias ou motivação dos três crimes, todos graves, embora cada um com sua natureza específica, é o que tem sido dito em evidentes platitudes ou em desinformação declarada, de forma leviana e sem base em nada de concreto, pelo ministro extra extra ordinário da Segurança Pública, Raul Jungmann. Nada do que foi “informado” pela autoridade máxima responsável pela “insegurança” nacional serve para uma nota de pé de página num compêndio de História do Brasil. Ele revelou detalhes vagos sobre suspeitas dos assassinos até hoje desconhecidos do massacre no Rio. Considerou “inaceitável” o tiro que acertou a lataria do ônibus de devotos de Lula e não feriu ninguém. Agora, enquanto seus subordinados da PF ainda investigavam a participação de eventuais cúmplices do agressor do candidato que concorre de verdade em primeiro lugar nas pesquisas de intenção de voto e também em rejeição, o chamou de “lobo solitário”. Como rezava o samba-canção, “e daí, e daí?”.

Da execução do Rio, do tiro disparado na estrada entre Quedas do Iguaçu e Laranjeiras do Sul, no Paraná, e da punhalada na democracia no interior de Minas, por enquanto, o público interessado só conhece o que a incompetência proverbial dasPolícias Civis e Federal em matéria de investigação de crimes contra a vida autoriza: a autoria desconhecida nos dois primeiros casos e questões não respondidas no outro. A execução de Marielle e Anderson abriu a temporada das conjecturas oportunistas da guerra política em ano de campanha. A esquerda mendaz preferiu elegê-la mártir da revolução, em vez de mobilizar sua artilharia contra a incompetência das polícias do Rio e da intervenção militar na Segurança do Estado, todos incapazes de resolver um crime cujos autores deixaram óbvios vestígios. A direita infame preferiu satanizar a vítima, como se ela tivesse disparado os projéteis, e não sido o alvo deles. E recorreu a crimes similares contra cidadãos anônimos, como se uns justificassem o outro, critério estúpido, desumano e inócuo. Enquanto Jungmann anunciava à Nação que milicianos suspeitos estavam sendo investigados e seu chefe, o presidente Temer, comemorava o êxito da operação incapaz de resolver um crime de repercussão internacional, os brasileiros com um mínimo de inteligência e pundonor choravam a própria sorte, entregue a essa gente incapaz e mentirosa. A viúva de Marielle, Mônica Benício, contou, pasme, que só neste fim de semana a polícia lhe pediu a senha do telefone da vítima para investigar suas chamadas. Cinco meses depois do crime…

Assim como na chacina do Estácio, berço das estripulias dos sambistas de antanho fugindo de chefes da polícia, o tiro no ônibus da caravana de Lula continua sem explicação das autoridades policial e judicial que esclareça mais do que os exames periciais divagando sobre o ângulo geométrico do cano da arma que disparou ou a solução do enigma da velocidade com que o ônibus se movia (ou não) quando foi alvejado. Jungmann decretou-o “inaceitável”. Mas até agora a evidência que salta do episódio, que pelo menos não deixou vítimas, é que a chefia dos policiais encarregados da investigação, passando pelo autor do truísmo, “aceita”, sem exigir explicação nenhuma, a inépcia de seus subordinados. Enquanto isso, os ditos “pescadores em águas turvas” põem a imaginação para funcionar apontando para os inimigos que teriam atirado, no mínimo, para assustar os peregrinos do lulismo. Ou para devotos do padim, que teriam atirado para adicionar cheiro de pólvora à teoria da perseguição imaginária com que vendem a militantes crédulos do Brasil e do mundo a fancaria hagiológica de que, além de carismático, seu líder é mártir dos exploradores de sempre, só por ser bom para pobres e desvalidos.

A vítima da tentativa de assassinato em Juiz de Fora correu risco de morte, está viva, grave, em estado grave, mas bem na UTI em São Paulo. Em princípio, ele foi beneficiado pela multiplicação automática de horas em copiosa cobertura no noticiário da campanha. Sua cota no horário no rádio e na televisão é de 9 segundos e ele passou a ocupar o noticiário (e não os comerciais) em minutos que superam muito os dos campeões do PSDB e do PT. Mesmo quando tiver saído do hospital e continuado a campanha, a audiência da grade da programação e a leitura das páginas nobres dos meios da comunicação produzirão em seu favor mais efeitos do que a soma do tempo no horário da propaganda de todos os seus adversários. Se prevalecer a experiência de que a comiseração é um elemento forte de simpatia e até apoio na política, é provável que o atentado possa beneficiá-lo na disputa. A retirada da propaganda agressiva do campeão do tempo e das iniciativas estúpidas, Geraldo Alckmin, do PSDB, já poderá favorecê-lo duplamente: por ter sido insultado na propaganda do adversário, ao mesmo tempo que era ferido de morte por um inimigo ideológico, teve reduzida sua altíssima rejeição.

A PF teria muito a explicar ao chefe Jungmann, se este estivesse interessado em explicações. A facada é uma imperdoável falha de segurança. A oportunidade para se redimir dela será dada por uma investigação completa, isenta e transparente do crime. Há dúvidas que estão aí para ser dirimidas. Quem pagou as aulas de Adélio numa academia de tiro onde praticavam os filhos da vítima, na distante Santa Catarina? Que generoso cliente paga a um quarteto de advogados grã-finos para defender a tese oportuna de que ele é doido, agiu sozinho e obedeceu a uma ordem divina? Por que o advogado mentiu de forma tão abjeta quando lhe atribuiu o desejo de ferir, mas não matar, com uma facada no abdômen?

Não dá para imaginar que Bolsonaro tenha ficado feliz com a exposição na mídia depois de ter corrido o risco que correu. Mas o que menos interessa agora são eventuais vantagens do candidato ferido. O Estado de Direito no Brasil depende de informações precisas, isentas e lógicas da autoridade policial que investiga o caso. O resto é lana caprina. Ao contrário do que faz crer a nota venenosa do PT contra a entrevista do comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, ao Estado, este tem razão e fala a verdade. Os riscos para a sobrevivência e a higidez de nossa democracia aumentarão se nada for esclarecido tintim por tintim. E isso vale para os três atentados deste ano: a execução de Marielle e Anderson, o tiro no ônibus da caravana de Lula e a facada em Bolsonaro.

  • Jornalista, poeta e escritor

(Publicado no Blog do Nêumanne segunda-feira 10 de setembro de 2018)

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Nêumanne entrevista Mary Del Priore

Somos todos culpados pelo incêndio do museu, acusa historiadora

Autora de 41 livros sobre História do Brasil, Mary Del Priore pergunta: “o que esperar de uma corja de ladrões incompetentes que nunca pisaram num museu?”

Emocionada com o trágico incêndio que devorou a coleção insubstituível do Museu Nacional da Quinta da Boa Vista, domingo, no Rio, a historiadora Mary Del Priore, disparou: “a pergunta devia ser: o que fazemos com a nossa indiferença?” Em sua opinião, “ao buscar “culpados” pelo incêndio, raramente pensamos que os culpados somos nós, o povo. Qual a parede que não está pichada? Qual o busto ou placa de bronze que não foi derretido? Quantos casarões coloniais não viraram estacionamento? Quantos pais levam filhos aos museus, em vez de levá-los ao shopping? E pior, quantos se incomodam com que isso aconteça? Passamos com absoluta insensibilidade diante das perdas de nosso patrimônio. Afinal, ele é ‘público’. A preocupação com o bem público não faz parte da mentalidade da grande maioria.” E não perdoou a chamada elite na série Nêumanne entrevista: “Nossos ‘ricos’ preferem um apartamento em Miami ou uma quinta em Portugal a ajudar o País. Quanto às autoridades públicas, com raras exceções, o que esperar de uma corja de ladrões incompetentes que certamente nunca pisaram num museu?”

Autora do sucesso de crítica e vendas História da Gente Brasileira entende que solução da crise brasileira passa pela melhora radical da educação. Foto: Acervo pessoal

Autora do sucesso de crítica e vendas História da Gente Brasileira entende que solução da crise brasileira passa pela melhora radical da educação. Foto: Acervo pessoal

Mary del Priore é autora de 51 livros sobre História do Brasil, ganhadora de mais de 20 prêmios literários nacionais e internacionais, entre os quais, três Jabutis. Pós-doutorada pela École des Hautes Études em Sciences Sociales, de Paris,  lecionou nos Departamentos de História da FFLCH-USP e da PUC-RJ  e atualmente ministra aulas na pós-graduação da Universidade Salgado de Oliveira. Colabora com periódicos científicos e não científicos nacionais e internacionais, anima o programa Rio de Histórias, da Rádio CBN-RJ, é consultora de cineastas como Daniela Thomas, Beto Amaral e Estevão Ciavatta, sócia do IHGB, do IHGRJ, PEN Clube do Brasil e membro da Academia Carioca de Letras, entre outras academias internacionais, como a Real Academia de Espanha.

A seguir Nêumanne entrevista Mary Del Priore:

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Nesta quarta-feira no Estadão: Incêndio no Museu Nacional foi um crime

Políticos prometem reconstruir o prédio para que gerações futuras não os incriminem

Os 20 milhões de itens expostos ao público, objetos de pesquisa e testemunhas à mão da memória e da História do Brasil ainda ardiam no incêndio que devastou o Museu Nacional da Quinta da Boa Vista, por não haver água nos hidrantes do prédio, e vários oportunistas já vinham à tona para se aproveitarem da tragédia.

O esqueleto de Luzia, a mulher mais antiga do continente, resistente a 12 mil anos de intempéries, era apenas uma imagem virtual quando os repórteres dos telejornais, enfrentando a desinformação absoluta com a necessidade de falar alguma coisa, noticiaram que a polícia terá de descobrir e revelar se o incêndio foi acidental ou criminoso. Truísmo é pouco para definir essa platitude. Minhas senhoras, meus senhores, o que se assistiu na noite de domingo passado foi ao assassinato sem piedade de milhares de anos da História do País e da humanidade pelas castas que dilapidam há séculos o patrimônio público. A documentação do registro da passagem do mamífero bípede, impropriamente definido como racional, e da identidade nacional de uma pretensa civilização, instalada nestes tristes trópicos em substituição à barbárie dos silvícolas, anterior a ela, virou cinzas molhadas pelos jatos impotentes de uma (!) escada de bombeiros jorrando água suficiente para apagar uma fogueira junina, se muito.

A primeira instituição científica nacional, fundada há 200 anos por dom João VI, o rei fujão de Portugal, sucumbiu a descaso, insensibilidade, estupidez, incompetência, desídia e rapina de sórdidas castas elitistas de políticos ambiciosos, gestores públicos irresponsáveis e intelectuais militantes.

Os acadêmicos José Sarney e Fernando Henrique, o breve Itamar Franco, os populistas Lula da Silva e Dilma Rousseff e os oportunistas Fernando Collor e Michel Temer não deram a museu algum um segundo de atenção, só usada para ludibriar eleitores e comprar congressistas para se reeleger ou escapar de impeachment, fugir de inquéritos ou prorrogar prerrogativa de foro.

Ora, direis, museu não dá voto. Aliás, é difícil encontrar algo de interesse público que dê votos a quem os disputa na arena cada vez menos ética da política brasileira. Votos se vendem e se compram com vil metal, empregos privilegiados na estroina e corrompida máquina pública nacional e também ideologias generosas somente na aparência. A gestão do Museu Nacional da Quinta da Boa Vista, por exemplo, cabe à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), cuja administração é compartilhada por partidos da extrema esquerda sem representatividade popular, PSOL e PCdoB, em aliança com representantes da elite partidária que dá as cartas na República, embora se denomine como “dos Trabalhadores”.

A cúpula dos três Poderes, a intelligentsia acadêmica e, pasme, os responsáveis diretos pela indigência da instituição que ardeu choram e se lamuriam pelo destino dela, como gângsteres que levam flores ao velório das vítimas de sua brutalidade. O presidente Temer divulgou nota oficial quando ainda faltava água para apagar o fogo: “Incalculável para o Brasil a perda do acervo do Museu Nacional. Hoje é um dia trágico para a museologia de nosso país. Foram perdidos duzentos anos de trabalho, pesquisa e conhecimento. O valor para nossa história não se pode mensurar, pelos danos ao prédio que abrigou a família real durante o Império. É um dia triste para todos brasileiros”.

O ministro da Cultura, Sérgio de Sá Leitão, disse que “certamente a tragédia poderia ter sido evitada”, numa tentativa absurda de transferir apenas para os governos anteriores as causas do desastre, que, segundo Walter Neves, antropólogo que pesquisava o esqueleto de Luzia, foi “anunciado”. A culpa não é apenas do governo atual, é claro, mas é principalmente deste. Leitão age como um sujeito que cai do décimo andar, sai caminhando e pergunta aos transeuntes o que aconteceu. E ninguém foi demitido!

É inútil querer que os incendiários da Quinta da Boa Vista respondam pela omissão do Estado, que se negou a gastar caraminguás para dotar o mais antigo museu nacional de chuveirinhos automáticos e extintores de incêndio que a lei exige de qualquer boteco da periferia. Mas, já que não se dispuseram a abrir mão dos bilhões do Fundo Partidário para salvar o museu extinto, que nos poupem de sua hipocrisia. E sendo inútil exigir que façam algo para a tragédia não se repetir no Arquivo Nacional e na Biblioteca Nacional, podiam fazer o que sempre fizeram: esquecer o tema. E nada de reconstruir o prédio para as gerações futuras se esquecerem de sua participação no crime.

Os candidatos ao posto mais elevado, cujos currículos frustram os cidadãos carentes de um presidente que evite que a economia arda, sabotada pela corrupção do PT, de seus aliados, entre os quais o MDB, e dos falsos oponentes do PSDB, reduziriam o teor de cinismo de suas campanhas se não chorassem sobre a aguinha que não evitou que o incêndio se alastrasse.

A Universidade de São Paulo (USP) e o ex-governador do Estado Geraldo Alckmin devem explicações sobre o cupim que ameaça a integridade das paredes do Museu do Ipiranga, fechado à visitação desde 2015 e com obras a serem iniciadas no ano que vem. Ou quando, enfim, não chegarem as calendas gregas. Fernando Haddad, o estepe de Lula, não terá como explicar seu silêncio no governo do patrono, quando foi ministro de Educação, sobre a ominosa situação em que a memória nacional embolora, apodrece e arde, enquanto os chefões partidários enriquecem ilicitamente. Nenhum dos dois projetos assinados por Jair Bolsonaro e aprovados em seus 27 anos na Câmara diz respeito a esse assunto. A militância ecológica de Marina Silva não inclui uma denúncia da penúria dos museus, tema também excluído da enxúndia demagógica de Ciro Gomes.

Só restará como testemunho da inépcia deles Bendegó, meteorito que caiu perto de Canudos e resistiu ao fogo feroz.

*Jornalista, poeta e escritor

(Publicado na página A2 do Estado de S. Paulo da quarta-feira 5 de agosto de 2018)

Para ler no Portal do Estadão clique no link abaixo:

https://opiniao.estadao.com.br/noticias/geral,incendio-do-museu-nacional-foi-um-crime,70002488267


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Diário da Crise no Blog do Nêumanne: A vingança do PT

Se Fernando Haddad, o estepe de Lula, vencer as eleições, Moro e a turma do MPF de Curitiba correm risco de serem presos. E o PT não precisa de motivos para prender. Eles inventam. O PT é famoso por derrubar reputações. Criam falsas notícias e repetem cansativamente até virarem verdades, no conhecido estilo Joseph Goebbels, ministro da propaganda de Hitler. Recentemente, Fernando Haddad, oficialmente vice de Lula, e verdadeiramente estepe e mais um poste de Lula, vem atacando o Lava Jato. Haddad afirma que “milhões de empregos foram perdidos desnecessariamente”. Como assim Haddad? O desemprego está no nível que está pela lambança dos governos do PT e principalmente pelo governo de Dilma Rousseff. Estas são as anotações que faço nesta terça-feira 4 de agosto de 2018 no Diário da Crise no Blog do Nêumanne.

Para ler a íntegra das anotações clique no link abaixo:

https://politica.estadao.com.br/blogs/neumanne/diario-da-crise-terca-feira-4-de-agosto-de-2018/

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