Site oficial do escritor e jornalista José Nêumanne Pinto

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Nêumanne entrevista Deonísio da Silva

Conversa clara e prosa justa

com Deonísio da Silva

 

Professor, escritor e colunista sobre origem das palavras na revista Caras, Deonísio celebra invasão dos currais e libertação de eleitores de votos de cabresto

O escritor catarinense Deonísio da Silva, ganhador do prêmio Casa das Américas com o romance Avante, Soldados: Para Trás, comemora a eleição na qual “o Brasil enfim se politizou por meio de um recurso inesperado, o recurso digital. Ninguém o previu com as vestes democráticas com que irrompeu este novo recurso, que tornou possível invadir os currais e libertar aqueles que votavam pelo cabresto”. Para ele, isso era necessário e urgente, porque “nossa elite política perdeu a visão de nação, seus representantes pensam apenas em si mesmos e formaram dinastias familiares para os saques ao erário”. Por causa disso, o acadêmico diz, brincando, que depende das autoridades educacionais um câmpus universitário não se tornar “câmpus de concentração”, protagoniza o Nêumanne entrevista da semana no blog, em que constata: “O Brasil se mediocriza sem parar”. E dispara um petardo contra a primazia da ideologia de gênero no lugar da seleção pela excelência dos candidatos ao ensino superior. “Os autores de certas perguntas no Enem incorrem num equívoco de raiz: querem enganar os trouxas com artimanhas pueris. Citam Guimarães Rosa e Graciliano Ramos para poder enfiar excertos de obras e de autores fora da casinha. Os alunos nem foram ensinados a consultar um dicionário, mas são obrigados a conhecer certos verbetes de Aurélia, a Dicionária da Língua Afiada, de expressões gueis. Os culpados não são os autores desse curioso minidicionário. São aqueles que usam o  Estado – isto é, o dinheiro dos impostos: quanto custa cada Enem? – para impor a indefesos um conteúdo confuso, um norte desbussolado. Assim, prejudicam a todos, incluindo as autoridades às quais servem e pelas quais foram designadas”.

Deonísio: "a prosa política, em seu sentido mais sólido, a participação nos destinos da pólis, está na ordem do dia e vai reordenar o Brasil". Foto: Acervo pessoal

Deonísio: “a prosa política, em seu sentido mais sólido, a participação nos destinos da pólis, está na ordem do dia e vai reordenar o Brasil”. Foto: Acervo pessoal

O catarinense Deonísio da Silva é professor federal aposentado  e professor titular visitante da Universidade Estácio de Sá, onde atualmente dirige o Instituto da Palavra. Integrante da bancada brasileira na Academia das Ciências de Lisboa e respeitado escritor, por sua independência intelectual, é doutor em Letras pela USP e mestre em Letras pela UFRGS, mas não destaca esses títulos, e sim o que aprendeu no ensino médio em colégios de padres. “Obter um doutorado na USP não é para quem quer, é para quem pode, mas passar num exame de Latim do cônego Germano Peters ou confessar-se com o padre espiritual, investigando a própria alma, ou uma vez ao ano com o bispo diocesano dom Anselmo Pietrulla, era só para quem fosse antes orientado por Wilson Volpato e evitasse os escrúpulos”, diz ele, em sua habitual prosa bem humorada, um pouco antes de responder às perguntas que seguem, lembrando um de seus melhores amigos daqueles verdes anos, hoje setentão como ele. Deonísio é autor de 35 livros, entre os quais romances como Goethe e Barrabás, Lotte e Zweig (sobre o famoso suicídio tratado por ele como duplo assassinato, já publicado na Itália, com capa da artista plástica Arlinda Volpato), Teresa DÁvila (premiado pela Biblioteca Nacional e a ser levado ao teatro pela segunda vez por Carlos Vereza) e A Cidade dos Padres. Mas a referência solar de seus romances é Avante, Soldados: Para Trás (1992), no Brasil em 10.ª edição, já publicado em Cuba, Itália e Portugal, depois de receber o Prêmio Internacional Casa de las Américas, em júri integrado por José Saramago. Na mídia, faz um trabalho muito relevante em Etimologia, tal como se vê no livro De Onde Vêm as Palavras, reunião de suas colunas nas revistas Caras. Mantém colunas semanais também no http://portal.estacio.br/instituto-da-palavra, na Veja online, no blog de Augusto Nunes e na Rádio Bandnews Rio., com Ricardo Boechat.

A seguir, Nêumanne entrevista Deonísio da Silva

 

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No Blog do Nêumanne: “Estamos todos no mesmo barco”

Boa governança depende mais do Congresso e dos tribunais superiores que do chefe do Executivo, de quem se costuma exigir tudo, muito mais do que, de fato, pode

No templo batista Atitude, o presidente eleito, Jair Bolsonaro, pediu a união de todos os brasileiros, argumentando que “estamos todos no mesmo barco”. A união é necessária e estarmos, de fato, todos no mesmo barco é tão evidente como água molha e fogo queima. Cabe-lhe governar para todos os brasileiros, e não apenas para os 57.797.456 eleitores que votaram nele no segundo turno da eleição presidencial de 2018, em 28 de outubro. É o que prometeu resta saber se cumprirá. O “para todos” não exclui minorias, cujos direitos humanos – ou será “humanos direitos”, como exige seu futuro ministro da Defesa, general Augusto Heleno? – têm de ser respeitados pelo governo da maioria e pela própria maioria. Vale para mulheres, negros, índios, pardos, homossexuais e “vermelhos”, que não são a turma do cordão encarnado, mas a esquerda sempre insultada por Bolsonaro, desde que eles aceitem a mesma regra de tolerância que vale para os adversários. Vale também para os telespectadores, ouvintes de rádio e leitores de jornais e revistas que preferem se abrigar na garantia de verdade que o mercado lhes oferece, fora do território pantanoso das fake news da terra de ninguém que é a internet, à qual o presidente eleito pode continuar recorrendo, mas que não deveria adotar como se fosse outra forma do verbo divino na Terra.

Nada disso aí é fácil. Aceitar o outro, diferente, sem que ele seja o “inferno”, como definiu Jean-Paul Sartre na peça Huis Clos (Entre Quatro Paredes), é norma básica de convívio social e condição sine qua nonpara o exercício do governo democrático em nome do povo, com o povo e para o povo, como manda a Constituição. Quem detém o poder tem a obrigação da iniciativa: é quem estende a mão. Afinal, o poder político numa República (res publica, coisa do povo em latim) dita representativa não pode ser exercido de forma indiscriminada, de cima para baixo, como nas tiranias. Mas, sim, com o respeito à Constituição, em primeiro lugar, e às leis e instituições em geral. Em nosso específico caso, pelo menos em teoria, o monopólio da força em mãos do Estado, sob a chefia do mandatário-mor, escolhido pelos cidadãos aptos a votar, não é absoluto, mas relativo. Na moderna escola institucional, estabelecida desde os tempos da Revolução Francesa, em 1792, há equilíbrio entre Executivo, Legislativo e Judiciário, como imaginou Montesquieu. O primeiro governa e executa as leis, criadas pelo segundo e sob julgamento do terceiro. E aí é que está o que padre Bernardo, meu inesquecível professor de Latim e Lógica (e a Matemática é uma ciência do raciocínio lógico) no seminário redentorista de Bodocongó, em Campina Grande, chamava de busílis.

Por falar em Campina Grande, na Paraíba, onde passei minha adolescência, a turminha que se reunia todas as noites, depois da sessão de cinema no Capitólio, proseava na praça do Rotary, bem em frente, e criou um jargão particular. Chamava, por exemplo, de Belém-Brasília qualquer mulher alta, magra e desprovida de curvas nas ancas, como a estrada que ainda gozava as famas das primícias. O mesmo vale para essa palavra imensa, caquética e feiosa que é governabilidade. Por mais desacunhada (desajeitada, como se dizia naquela roda implacável) que ela seja, tem caprichos de formosa donzela e poder de sedução de beleza ímpar. Sem governabilidade, na República de Montesquieu, ninguém governa, com o perdão do trocadilho infame e pleonástico. Em nosso caso, costuma-se exigir isso apenas do chefe do governo, principalmente, como é o caso de Jair Bolsonaro, eleito por maioria de 10 milhões de votos sobre seu adversário, o presidiário Lula, representado pelo boneco de ventríloquo Haddad, como se só a ele coubesse a obrigação da moderação e da humildade: estender uma mão à outra e abraçar quem tenta apunhalá-lo.

Não é bem assim. A obrigação é de todos, a começar das instituições representativas do poder republicano. A primeira delas é o Congresso. O mostrengo do presidencialismo de coalizão, gerado e cevado pelo tucano Fernando Henrique em seus oito anos de dois mandatos e seguido à risca pelos sucessores petistas,Lula e Dilma. Este, em que se compra apoio e se combate a oposição ferozmente, acabou virando mais propriamente “de colisão”. E pode explodir como bomba nas mãos que Bolsonaro estendeu na igreja apropriadamente intitulada Atitude, no domingo 4 de novembro, no Rio. No caso dele, a barroada (sinônimo vulgar de abalroamento) promete aparecer atravessando o sinal fechado na esquina.

Do ponto de vista ideológico, o carro desgovernado na contramão é conduzido por uma esquerda feroz, impiedosa, mentirosa, rapace, irresponsável, leviana e impatriótica. Ela já se manifesta na intolerância com que se apresenta ao transe, corruptela de transição, termo mais suave para definir a travessia do ex-governo em extinção para o futuro. E sob a mira dos snipers que não aceitam a derrota no voto, com que pretendia consagrar a impunidade de seu líder-mor, Lula, ladrão e lavador de dinheiro, assim definido por definitiva decisão da segunda instância do Judiciário, um dos Poderes autônomos da República. André Singer, professor da USP e ex-porta-voz do corrupto, no artigo A hora mais escura, não deixa por menos: “A maioria nas urnas dá mais poder aos antidemocratas do que os tanques de 1964”, Cumpre-se, segundo o titular de Ciência Política na mais venerada escola superior pública do País, a profecia de sua colega filósofa Marilena Chaui, que, em entrevista à revista Cult falou de uma ditadura mais nociva às instituições do que a militar. Parece piada de mau gosto, mas é sério. Trêfegos discípulos aloprados estenderam em seus câmpus, no País inteiro, faixas com paródias de Sílvio Santos: “O fascismo vem aí”.

A mídia, que a esquerda e Bolsonaro execram, não noticiou, contudo, presença de tropas de assalto,pogroms em bairros judeus nem noites dos cristais, com quebra-quebra de vidraças de lojas dos herdeiros de Abraão. Isso aconteceu na Alemanha de Weimar, prenúncio do nazismo de Adolf
Hitler, personalidade política favorita de Lula, quando era líder sindical, em entrevista à Playboy. Mas o PT não faz oposição e, sim, “resistência”, como se opuseram os franceses à invasão alemã na 2.ª Guerra. E a palavra golpe voltou a ser usada, como se o partido sob cuja égide foi promovido o maior saque ao erário da História tivesse o direito sagrado de representar o povo, mesmo quando este se manifesta, como aconteceu, contra essa contrafação de monarquia populista. Eis a oposição que o presidente eleito enfrentará daqui a dois meses, após ser empossado.

E há outra, sub-reptícia, sibilina e ao abrigo da mais que poderosa Câmara dos Deputados. Em 5 denovembro passado, o Estado publicou em manchete de primeira página: 1/3 do Congresso eleito responde a processos na Justiça. Esse terço é o remanescente reduzido da maioria silenciosa que resiste ao combate à corrupção pela banda sadia da polícia, do Ministério Público e da Justiça e, protegida pelo foro privilegiado, não entregará ao inimigo a rapadura, que não é mole, mas é doce.

Para tanto contará com a cumplicidade da cúpula do Poder Judiciário, em especial do Supremo Tribunal Federal (STF). O presidente deste, ministro Dias Toffoli, prega um pacto, mais bem definido no título da chamada de primeira página do Estado de domingo 4: STF prevê protagonismo maior em novo governo. São sete os profetas da “nova aliança”: além do presidente, o decano Celso de Mello, o indefectível Marco Aurélio Mello e mais quatro embuçados em sua fantasia de morcego máximo. Sob o selo Jurisprudência, a manchete do Globo de segunda-feira 6 é mais explícita: STF resiste a propostas de Bolsonaro sobre prisões.

O deputado federal reeleito pelo PSL de São Paulo com 1.843.735 votos, a maior votação para a Câmara da História, disse ao Globo: “A gente fez um pacto: a gente não vai para a cadeia. A gente não vai cair na mão do Sergio Moro nem da Lava Jato. Se o partido colocar a faca no pescoço: ‘O partido tal vota se tiver o ministério tal’, sinto muito, mas não vai ter. Será que eles conseguem aprovar o impeachment de um presidente recém-chegado? Olha para o Collor e para a Dilma. Como estava a popularidade deles quando receberam o impeachment?”. Gente, se a promessa for cumprida, este será o bom primeiro passo na direção desejada para o novo governo, mas não será tudo. A governabilidade dependerá de paciência, tolerância e disposição infinita para o diálogo. Sem essas preliminares será difícil vencer “resistências” no Congresso e no STF.

  • José Nêumanne: Jornalista, poeta e escritor

(Publicado no Blog do Nêumanne segunda-feira 5 de novembro de 2018)

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Nêumanne entrevista Fernando L. Schüler

Para professor, Moro será fiador

para Bolsonaro andar na linha

Cientista político Fernando L. Schüler, do Insper, acha que todos saem ganhando com a decisão de Bolsonaro de nomear Moro ministro da Justiça e este aceitar

“Moro funciona como um fiador a mais da ordem constitucional e da sociedade de direitos. Agora teremos uma experiência diferente. É preciso estar vigilante, manter o espírito crítico, mas é preciso tolerar o grupo que pensa diferente. É simples assim. Quem não entender isso não compreende como funciona uma democracia”, diz o professor gaúcho de Ciências Políticas Fernando L. Schüler, da Cátedra Insper Palavra Aberta. Protagonista desta semana da série Nêumanne Entrevista neste blog, ele argumentou ainda contra a opinião dos que temem surtos autoritários do presidente eleito, Jair Bolsonaro, por causa da retórica de direita dele: “Nossas instituições são sólidas e não há sinal de que os militares queiram se afastar de seu papel constitucional. Qualquer líder político, hoje em dia, no Brasil, precisa andar na linha. É o que fará Bolsonaro”.

Foto Schüler2: Sobre gestão Bolsonaro, Schüler previu: "penso que será um governo instável, com previsíveis tensões com o Congresso, mas dentro da normalidade democrática." Foto: Acervo pessoal

Sobre gestão Bolsonaro, Schüler previu: “penso que será um governo instável, com previsíveis tensões com o Congresso, mas dentro da normalidade democrática.” Foto: Acervo pessoal

Gaúcho de Porto Alegre, Fernando L. Schüler é cientista político e professor do Insper. Tem doutorado em Filosofia, pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, com pós-doutorado pela Universidade Columbia. É titular da Cátedra Insper Palavra Aberta, voltada para a reflexão sobre a liberdade de expressão e de imprensa. Foi diretor da Fundação Iberê Camargo e tambémdo Ibmec (no Rio de Janeiro) e é colunista da Band News e da Rádio e TV Bandeirantes.

Nêumanne entrevista Fernando Schüller

 

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Nêumanne entrevista Joice Hasselmann

Joice diz que PT se mostrou uma quadrilha, não um partido

 

Para deputada  federal mais votada da História do Brasil, STF tem dívida eterna com povo brasileiro, que não suporta mais sustentar privilégios da casta do funcionalismo público

 

Nêumanne entrevista

 

A mais votada deputada federal na História do Brasil, Joice Hasselmann (PSL-SP) não tem papas na língua quando o assunto é PT: “Eles mentiam durante a campanha, mentiam na imprensa, mentiam para o mercado, mentiam para o povo e faziam negócios usando o governo como um inesgotável balcão. Defendi ininterruptamente a extinção do PT, que se mostrou uma quadrilha, e não um partido”. Protagonista da série Nêumanne Entrevista no blog, ela também rasga todas as sedas para Sergio Moro, que biografou, e policiais e procuradores federais sob a égide dele: “A Lava Jato tirou as escaras dos olhos do povo e provou que ninguém, nem mesmo o presidente de um país, está acima da lei”. Aécio Neves, que será seu colega na Câmara, recebeu dela diagnóstico duro: “Ninguém decente e com autoridade moral sai de uma campanha presidencial com 50 milhões de votos, assiste às aves de rapina voltarem ao poder e resolve ‘tirar férias’ a partir daí. Aquela postura do Aécio me parecia muito mais que fraqueza, preguiça, frouxidão. Quando ele apareceu sujo com a mesma lama em que o PT chafurdava, tudo fez sentido”. Prometeu ajudar na Câmara dos Deputados o projeto reformista de Bolsonaro, caso ele passe pelo teste definitivo das urnas. Segundo ela, “o povo não aguenta mais esse engessamento, esse monte de mentiras, essa ostentação cafona dentro da política”.

Para Joice, "sem a Lava Jato nosso país permaneceria nas mãos da quadrilha petista." Foto: Acervo pessoal

Para Joice, “sem a Lava Jato nosso país permaneceria nas mãos da quadrilha petista.” Foto: Acervo pessoal

Eleita deputada federal pelo PSL de São Paulo com 1 milhão e 78 mil votos, Joice Hasselmann é a mulher mais votada da história da Câmara. É e promete continuar sendo jornalista, colunista de política e economia, ativista contra a corrupção e escritora. Foi eleita em 2017 e em 2018 a principal influenciadora do Brasil na web,levando o Prêmio Influenciadores Digitais. Também  considerada pelo instituto ePoliticScholl (ePS) uma das personalidades mais influentes e notórias do País nas áreas de política e economia. Hoje tem o mais jovem e maior canal de política nacional e o único do mundo no YouTube feito por mulher e dedicado ao tema política. Tem também uma página no Facebook com mais de 1 milhão e 700 mil curtidas e com alcance de até 23 milhões de pessoas por semana. Seu canal no YouTube dispõe de mais de 1 milhão de inscritos e mais de meio milhão no Instagram. Foi âncora de Os Pingos nos Is, na Jovem Pan, depois de ter idealizado e sido âncora daTVeja, a primeira TV com grade fixa na internet, criada nas eleições de 2014. Também comandou veículos como CBN, Bandnews FM Curitiba, e as áreas políticas do SBT Paraná e Record Paraná. É autora da biografia de Sergio Moro, de Delatores, lançado em 2017, e outro livro sobre Ascensão e Queda da Esquerda na América Latina, para uma editora americana. Recebeu 12 prêmios de jornalismo, entre eles um da ONU, em 2011, batizado de Parceiros da Paz e Sustentabilidade.

 

Nêumanne entrevista Joice Hasselman

 

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No Blog do Nêumanne: Deixem o povo votar em paz!

Artistas e intelectuais dependentes de esmola pública, políticos profissionais sem eleitores e criminalistas que se dizem juristas apelam para o tapetão para continuarem mandando num Estado sem povo

Há três anos, o Partido dos Trabalhadores (PT) recorria à votação popular que escolhera Dilma Rousseff e Michel Temer para evitar a punição da primeira e a ascensão do segundo por descumprimento da lei, exigindo provas cabais dos crimes, desqualificando delações premiadas e fazendo pouco do Judiciário. Agora, seu candidato, o ventríloquo Lula encarnado no boneco Fernando Haddad, quer anular mais de 49 milhões de votos do adversário, Jair Bolsonaro, do PSL, com base numa notícia de jornal, sem nenhuma comprovação factual, de prováveis riscos que correriam as instituições após sua eventual posse. Seria um golpe se não fosse só mero delírio, talvez tremens: coisa de bêbado que conversa com poste, conforme a piada do capitão reformado e deputado de direita.

Vamos aos fatos. Em 2014, Dilma Rousseff e Michel Temer foram eleitos sob o peso do maior “disparo” de futricas (termo do português vulgar para definir a expressão, definida por Donald Trump e adotada pela esquerda colonizada como bandeira, fake news). Antônio Palocci, coordenador da campanha da primeira eleição do poste Dilma em 2010, contou em delação premiada que esta, por ele coordenada, custou R$ 600 milhões e a segunda, de 2014, R$ 800 milhões. Total: R$ 1 bilhão 400 milhões em propinas. Neste dinheirão não estão computados os milhões em dinheiro vivo empregados para corromper o candidato e chefe da entãosoi-disant oposição, Aécio Neves (PSDB-MG), segundo foi delatado por executivos de duas grandes empresas beneficiadas pelo populismo petista: a empreiteira Odebrecht e o grupo que se tornou o maior produtor e vendedor de proteína animal do mundo sob os auspícios do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o J&F. E parte não desprezível do montante denunciado financiou a sórdida campanha feita contra Marina Silva, da Rede Sustentabilidade, acusada de cúmplice de banqueiros em assaltos à mesa do trabalhador brasileiro.

O PSDB, então já sócio da continuação do governo petista sob o vice do PMDB guindado ao poder pelo impeachment, Michel Temer, acusou os adversários de fraude. Na metade do mandato da chapa vencedora, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), sob Gilmar Mendes, absolveu-a. Conforme o atento relator do processo, ministro Herman Benjamin, não por falta, mas, na certa, “por excesso de provas”. Para alívio dos tucanos, que compartilharam do governo Temer, mas depois tentaram livrar-se do peso de sua impopularidade, o vice que virou chefe ainda tem mais dois meses e meio de mandato a cumprir até entregar o bastão na corrida de obstáculos ao vencedor do segundo turno da eleição, em 1.º de janeiro de 2019.

Durante todo este processo eleitoral a Nação convive com a ameaça do PT de que “eleição sem Lula é fraude”. Mas como o ex-aliado Cid Gomes, senador eleito pelo PDT no Ceará, avisou aos berros aos militantes aliados: “Lula está preso, babaca!”. Ainda assim, o TSE foi conivente com a divulgação de várias rodadas de pesquisa eleitoral que colocavam o preso condenado por furto e lavagem de dinheiro na liderança da preferência popular. Pregou no deserto quem, como o autor destas linhas, avisava que as pesquisas falseavam a verdade, porque o desapreço, para usar um termo módico, da população pelo taumaturgo de Caetés já superava, e muito, a devoção dos asseclas tornados devotos em capelinhas erigidas no mundo para culto dos grupos remanescentes do que restou da esquerda mundial.

No meio do processo, a indignação majoritária contra os 13 anos e meio de desgovernos de Lula e de seu poste sem luz Dilma descobriu a lanterna no fim do túnel no único candidato que atendia aos pré-requisitos básicos para a mudança: o capitão reformado e deputado federal Jair Bolsonaro. Afinal, só ele tinha chance de disputar o trono presidencial contra o PT, suas viúvas e seus aliados públicos ou secretos. Era também o único que não tinha motivos para se queixar de perseguição dos policiais retos, promotores probos e juízes honestos da primeira e da segunda instâncias responsáveis pela devassa e pelo julgamento do maior escândalo de corrupção da História: o mensalão, que continuaria como petrolão. E, last but not least (por último, mas não por menos, ou menas, como prefere fletir o padim Lula), o Quixote disponível para atacar o predomínio das bandeiras com as quais a esquerda conta agora para esconder o fiasco monumental da “luta de classes” de Marx e Engels, Lenin e Stalin: escola com partido, ideologia de gêneros e ecologia contra economia, entre outras.

Desde 2013, as manifestações espetaculares nas ruas, com a bandeira vermelha trocada pelo pavilhão verde-amarelo nos protestos contra “tudo o que está aí”, sinalizavam nessa direção, resultando no verão de 2018 com a moda do “não reeleja ninguém”. Mas os chefões partidários, ciosos da necessidade de garantir a própria impunidade com o foro de prerrogativa de função e outros privilégios, cercaram o forte da resistência com os escudos e armaduras de sempre: voto cativo da miríade da promiscuidade dos 35 partidos de aluguel autorizados pela tolerante “Justiça Eleitoral” (conforme ficou provado na Operação Lava Jato, quase todos), financiamento público bilionário de suas campanhas e o adiamento, se Deus permitir, para sempre da cláusula de barreiras para pôr fim à farra.

Com a aceitação pelo TSE da farsa do candidato oficial cobrindo a cara com a máscara do presidiário, então, o eleitorado em geral concluiu que a opção não seria entre pobres e ricos, direita e esquerda, democratas e nostálgicos da ditadura, mas, sim, entre o capitão e o ladrão. E ela passou a ser entendida e estendida a todos que não querem mais viver sob o jugo do PT, acostumados a FlaXFlu, rinhas de galo e queda de braço.

O PT e Lula foram escorraçados em vários Estados no segundo turno e só não o foram no primeiro da presidencial mercê de ajudas de Ciro Gomes, que queria ser terceira via e teve de se contentar com o terceiro lugar, e de Geraldo Alckmin, que quis encarnar a democracia, mas foi só um anestesista incapaz de ressuscitar a velha política, ao exumá-la. Os outros não tiveram sequer votos suficientes para povoar este parágrafo.

Outra evidência está aí à mão e me envergonho de ser o primeiro a chamar a atenção, de tão lógica que é. Convido os que tremiam de pavor quando viam Lula liderando as pesquisas enquanto o TSE não lhe dava o merecido pontapé no traseiro a me responderem a duas questões. Primeira: se o candidato real do PT disputaria na condição de favorito, por que Fernando Haddad aposentou a máscara de barba que adotou para conquistar os votos dos súditos dele? Segunda: será mera coincidência a rejeição ao candidato fake do PT ter ficado um ponto dentro do terreno da inviabilidade (51,4% na pesquisa CNT-MDA), à medida que cresce o conhecimento do eleitor de sua conexão com o que realmente disputa?

Diante do abismo, Haddad/Lula apelou para duas asas coladas no escolhido com cera, como Ícaro. A primeira é a sombra da ditadura. A eleição virou disputa entre a maioria de eleitores fascistas, neofascistas ou até nazistas contra democratas, representados por signatários de manifestos da “boa causa” e defensores de políticos e burocratas acusados de crime de colarinho-branco. O professor de Ciências Políticas da Universidade Federal de Pernambuco Jorge Zaverucha escreveu sensato artigo no Globo, no sábado, intituladoHisteria, reduzindo essa teoria a pó com dados da História, e não da ficção populista da tigrada. Resumo-o numa sentença simples e lógica: “Bolsonaro sabe que, em caso de golpe, pode perder o emprego, pois um general da ativa tomaria as rédeas do poder”.

Agora o PT apela para o tapetão a partir de uma notícia de jornal dando conta de que os mais de 49 milhões de eleitores no primeiro turno foram levados a esse “desatino” pelo disparo de WhatsApps financiado por caixa 2 de empresas engajadas no antipetismo, que ameaça tomar o poder pelo voto. Em sua coluna diária na Folha de S.Paulo, Hélio Schwartsman escreveu no sábado 20 o seguinte: “Mentiras, rumores e boatos sempre assombraram eleições. A novidade agora é que, com as redes sociais, eles circulam com muito mais rapidez e atingem muito mais gente. Em algumas circunstâncias, quando a disputa é apertada e a corrente de desinformação surge nos últimos instantes, fake news podem definir o resultado do pleito. Não devemos, porém, atribuir poderes mágicos à manipulação eleitoral”.

Mistificação e desespero. Ora, ora, deixem o povo votar em paz!

*Jornalista, poeta e escritor

Publicado no Blog do Nêumanne segunda-feira 22 de outubro de 2018.

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Nêumanne entrevista Ipojuca Pontes

Cineasta atribui sucesso de Bolsonaro à urgência de reerguer o Brasil

Ipojuca Pontes diz que Lula e o PT, da organização criminosa internacional  Foro de São Paulo, transformaram o Brasil no pior saco de excrementos do mundo ocidental

“Bolsonaro, pelo que investiguei, sempre foi um rebelde, faltava a causa”, diz Ipojuca Pontes.“E quer causa mais justa do que se indignar – e enfrentá-las – com as comanditas que exploram miseravelmente o Brasil? Tenho a impressão de que ele se fez político quando percebeu que uma boa parte da população consciente se lançou  contra o establishment esquerdista. Quero dizer, aprendeu, corajosamente, a navegar a favor da maré nacionalista, patriótica e cristã que distingue a nossa população. Deu no que deu!”. Na edição desta semana da série Nêumanne Entrevista, neste blog, Ipojuca, que foi secretário nacional da Cultura no governo Collor, disse que, “para o político profissional, as bruxas podem devorar a grana saqueada do bolso do contribuinte, mas ele tem medo pânico de mexer na cova do serpentário petista. (E olha que o lema dos terceirizados do PT continua sendo o ‘Fora Temer’.) A luta para soerguer o gigante adormecido levará anos, ou décadas. Mas é urgente começar a tarefa – e Bolsonaro representa um bom e necessário começo”.

Para Ipojuca, o Brasil tem futuro, desde que coloque a hidra em seu lugar, e o que importa é se manter vivo e combater o bom combate. Foto: Wilton Júnior/Estadão

Para Ipojuca, o Brasil tem futuro, desde que coloque a hidra em seu lugar, e o que importa é se manter vivo e combater o bom combate. Foto: Wilton Júnior/Estadão

Ipojuca Pontes, jornalista e cineasta, nasceu  em João Pessoa, Paraíba, e trabalhou em vários jornais e revistas do Brasil, entre os quais  o Correio da ParaíbaDiário CariocaTribuna da ImprensaMancheteJornal da Tarde e O Estado de S. Paulo, escrevendo sempre sobre cultura e política. No cinema, fez dez filmes, entre os quais Os Homens do CaranguejoPoética Popular,Cidades HistóricasRendeiras do NordestePortrait of VaqueroGuerrilha de Tiro Fijo e os longas-metragens CanudosA Volta do Filho Pródigo e Pedro Mico, com Pelé e Tereza Rachel, todos premiados nacional e internacionalmente nos Festivais de Berlim, Nova Délhi, Tessalonica, Mar del Plata, Cannes, Lajes, Cartagena, Gramado e Brasília. Também escreveu os livros Cinema Cativo – Reflexão sobre a Miséria do Cinema NacionalPoliticamente CorretíssimosCultura e Desenvolvimento A Era Lula – Crônica de um Desastre Anunciado, ensaios, e as peças teatrais A Manha do Barão e Brasil Filmes S/A, baixa comédia premiada em Concurso Nacional de Dramaturgia, do SNT. No teatro, produziu as peças Um Edificio Chamado 200O Homem de La Mancha, com Paulo Autran e Bibi Ferreira, Um Bonde Chamado Desejo e Encontro no Supermercado, ambos com Tereza Rachel, e dirigiu Os Emigrados, Prêmios Molière para os atores Sebastião Vasconcelos e Rubens Corrêa, espetáculo que compartilhou no campo teatral com o processo de anistia em curso no final dos anos 1970 no Brasil. Em 1990,  foi secretário nacional da Cultura do governo Collor. No momento, Ipojuca escreve a biografia da atriz de cinema, teatro e televisão Tereza Rachel.

Nêumanne entrevista Ipojuca Pontes

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