Site oficial do escritor e jornalista José Nêumanne Pinto

Poema XX, Barcelona, do livro “Barcelona, Borborema”

Deste chão, pedras nascem,
impulso mortal.
Neste vão, pedras morrem,
solitárias e planas.
Em coisas sem vida,
que nunca morrem,
respiram paixões ancestrais
da Catalunha sem fim.
É irregular a superfície
dos caprichos
tecidos por catalão.

Vida, paixão e morte de Güell,
imortal de Gaudí,
mantido podre
no borralho-gelo
deste solo fértil.

O bafo deste parque
sabe a súbito beijo
roubado.

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