Posse na APH: Presidente da APH, Luiz Gonzaga Bertelli, saúda Nêumanne
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Pronunciamento do presidente da Academia Paulista de História (APH), acadêmico Luiz Gonzaga Bertelli, por ocasião da solenidade de posse do jornalista e escritor JOSÉ NÊUMANNE PINTO, no Teatro CIEE,
em 01/07/2015.
Platão, figura que desafia a lenda, autor de vasta obra filosófica, preocupou-se com o conhecimento das verdades essenciais, que determinam a realidade e, a partir disso, estabeleceu os princípios éticos, que devem nortear o mundo social.
O seu pensamento foi absorvido pelo cristianismo primitivo e, junto com o seu mestre Sócrates e o discípulo Aristóteles, lançou os alicerces sobre os quais se assentou as bases de toda a filosofia ocidental.
Platão, descendente da melhor nobreza, nasceu em Atenas, por volta do ano de 428 a.C. O seu nome próprio era Aristolles.
À sombra da Aldeia de Platão, criada em 387 a.C., em Antenas, onde o filósofo grego reunia-se com os seus discípulos, no renascimento italiano, vieram a florescer as numerosas instituições na Europa, intituladas Academias. Após a sua morte, alguns dos discípulos deslocaram-se para Assos, onde vieram a fundar uma espécie de filial da Academia.
Nos dias atuais, as academias são organizações estruturadas, voltadas ao cultivo das disciplinas literárias, científicas e às tradições históricas.
As academias, como é o caso da nossa de História, têm o grande mérito de promover a investigação dos fatos notáveis, propiciando a colheita documental, até então desconhecida.
Os franceses utilizavam a palavra Academia para nomear as unidades administrativas mais abrangentes do ensino superior, que correspondem ao que, hoje, na maior parte dos países, se chama Universidade.
Numa tarde de dezembro de 1972, foi lançada a iniciativa de criar-se uma Academia de História no nosso Estado, tomando como modelo o estatuto da Academia Paulista de Letras, por iniciativa do historiador, Tito Lívio Ferreira, que propôs a elaboração da lista dos 40 primeiros integrantes.
O medalhista Álvaro da Veiga Coimbra idealizaria o desenho da insígnia, tendo como lema de Cícero (o maior orador latino, nascido no ano 106 a.C.): “A História é a testemunha do tempo, a luz da verdade e mestra da vida”.
O início do funcionamento da Academia Paulista de História far-se-ia, contudo, em 2 de fevereiro de 1973, na efeméride comemorativa da instalação da Assembleia Legislativa Provincial de São Paulo.
Em 1989, na presidência do acadêmico Duílio Crispim Farina, seria editado o primeiro número do “Boletim da Academia”, o qual viria a transformar-se no veículo oficial de comunicação dos historiadores paulistas.
A publicação transformou-se na “Revista da Academia (Revista do Historiador)”, publicada, hoje, bimestralmente.
Queremos nas nossas Academias conservar a nossa História, a nossa civilização e a nossa língua, herdada dos colonizadores portugueses. “Última flor do lácio, inculta e bela. És, a um tempo, esplendor e sepultura… E em que Camões chorou, no exílio amargo”, como dissera Bilac.
“Bela” sim; inculta, não. Talvez bravia e singela como o povo brasileiro que a adotou. Desconhecida e obscura se não a cultivarmos com afinco. “Nem rude nem doloroso idioma”, pois é sabida a suavidade dos encadeamentos vocálicos da língua portuguesa.
Não diremos como Fernando Pessoa: “Minha pátria é a língua portuguesa”, pois a nossa identidade é lusófona. Pois, é nessa língua que pensamos, sonhamos e escrevemos.
Parabéns, portanto, à língua portuguesa. Parabéns, sobretudo, a todos nós seus filhos muito amados.
Somos habitantes de um País continental, com temperaturas e ecossistemas dispares, raças, caras e cores distintas, origens, costumes e sotaques os mais diversos.
Contudo, estamos irmanados nos mais de 400 mil vocábulos e na rica sintaxe desse idioma único falado no Brasil, o que se constituiu no mais autentico “milagre brasileiro”.
Logo mais, o notável jornalista, poeta e escritor, José Nêumanne Pinto será saudado pelo também insigne jornalista, professor e escritor, Gaudêncio Torquato.
O novo acadêmico, José Nêumanne Pinto irá ocupar a cadeira nº 02 deste sodalício, cujo patrono é o historiador Júlio Meilli e o antecessor o historiador José Sebastião Witter.
José Nêumanne Pinto nasceu em Uiraúna na Paraíba e escreve poemas desde os 14 anos.
Caríssimo José Nêumanne Pinto, nas academias, nós vivemos da perenidade e renovação dos quadros dos acadêmicos, após as suas mortes.
Para que as academias não pereçam, à cada vaga, temos que pesquisar aquele que a preencha e dignifique.
A parca indomável em sua ceifa, levou-nos a figura do seu antecessor José Sebastião Witter. Quando Witter ingressou nesta academia foi recebido pelo acadêmico e insigne professor emérito da Universidade de São Paulo e da Academia Campinense de Letras.
Legou-nos uma obra valiosa, que o professor Gaudêncio Torquato irá revelar-nos.
José Nêumanne Pinto: Permita-nos manifestar-lhe, mais uma vez, a nossa gratidão pela oportunidade de receber-lhe na cadeira que, a partir de hoje, será sua, em caráter vitalício e que certamente irá ilustrá-la, com o mesmo sentido de dignidade, que sempre soubeste imprimir a todas as suas ações e procedimentos.
Seja bem vindo, nobre amigo e confrade.