Site oficial do escritor e jornalista José Nêumanne Pinto

Comentário no Jornal Eldorado: Quadrilhão na Cadeia Velha


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A terça-feira começou animada com a prisão pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal do Rio de Janeiro, na Operação Cadeia Velha, de Felipe Picciani, filho de Jorge Picciani, irmão do ministro dos Esportes de Temer, e gerente da Agrobilara, a empresa que conduz os negócios da família. O clã Picciani tornou-se conhecido quando Leonardo, feito por Eduardo Cunha líder do PMDB na Câmara, mudou de lado e se manteve no lugar depois de um teretetê de pé de orelha com Dilma. A família, também importante no esquema de Sérgio Cabral e Luiz Antônio Pezão na ex-Cidade Maravilhosa, está na Esplanada dos Ministérios na pessoa do ex-líder Leonardo. A operação Cadeia Velha acontece num momento importante, deixando claro que tem razão quem diz que não basta trocar o diretor da PF: o buraco é mais embaixo e haja caminhãozinho para tapá-lo com areia.

(Comentário no Jornal Eldorado da Rádio Eldorado – FM 107,3 – na terça-feira 14 de novembro de 2017, às 7h30m)

Para ouvir, clique no play abaixo:

Ou clique no link abaixo:

https://soundcloud.com/jose-neumanne-pinto/neumanne-1411-direto-ao-assunto

Para ouvir Se é por falta de adeus, com Carlos Ely, clique no link abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=JkDy5vSyHug

Para ouvir no Blog do Nêumanne, Politica, Estadão, clique no link abaixo:

http://politica.estadao.com.br/blogs/neumanne/quadrilhao-na-cadeia-velha/

 

Abaixo, a íntegra da degravação do comentário:

Eldorado 14 de novembro de 2017 Terça-feira

Hoje é dia de operação nova importante da Polícia Federal no Rio de Janeiro. O que é que já se sabe da Operação Cadeia Velha?

Seu Haisem, a terça começou animada. Acabo de ler no portal do Globo reportagem de Chico Otávio e Daniel Biasetto, dando contga que a Procuradoria Regional da República da 2ª Região (PRR-2), em parceria com a Polícia Federal (PF), desencadeou agora há pouco uma operação denominada “Cadeia Velha”, focada no braço do esquema no Legislativo fluminense. Por determinação do desembargador Abel Gomes, relator do inquérito na Justiça Federal, estão sendo presos Felipe Picciani, filho de Jorge Picciani, irmão do ministro dos Esportes de Temer, e gerente da Agrobilara, a empresa que conduz os negócios da família, Jorge Luiz Ribeiro, braço-direito do presidente da Alerj, Sávio Mafra, assessor especial do gabinete da Presidência, Andréia Cardoso do Nascimento, chefe de gabinete do deputado Paulo Melo, e o irmão dela, Fábio, também assessor de Melo. Há também mandados de busca e apreensão nos gabinetes da presidência da Alerj e de Picciani, Melo e Albertassi.

Jorge Picciani, Melo e Albertassi só não serão presos até o momento porque a Constituição estadual, no Artigo 120, estabelece como única possibilidade de prisão provisória o flagrante de crime inafiançável, à exceção de casos com licença prévia da Alerj. Mas as três prisões não estão descartadas. No mesmo instante em que operação ocorre, os procuradores regionais da República responsáveis vão pedir ao Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), fórum competente para o caso, que considere flagrantes os crimes atribuídos a Picciani, Melo e Albertassi.

Deputados estaduais, empresários e intermediários são acusados de manter uma caixinha de propina destinada à compra de decisões na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) para o setor de transportes. O esquema, concluíram os investigadores, teria começado nos anos 1990, por Cabral, e hoje seria comandado pelo presidente da Casa, deputado Jorge Picciani, por seu antecessor, deputado Paulo Melo, e pelo líder do governo Edson Albertassi, caciques do PMDB fluminense.

Construído nos idos da década de 1630 para ser um parlamento imperial, o prédio que dá lugar ao Palácio Tiradentes possuía em seu piso inferior um lugar batizado popularmente de “Cadeia Velha”, para onde eram mandados criminosos, prostitutas e escravos que se rebelavam contra as leis da Coroa.

O clã Picciani ganhou as luzes da cobertura política brasileira quando Leonardo, filho de Jorge, indicado por Eduardo Cunha para liderar a bancada do PMDB na Câmara, mudou de lado e se manteve no lugar depois de um teretetê de pé de orelha com Dilma Rousseff. Sempre com o pé nas duas canoas, a família, também importante no esquema de Sérgio Cabral e Luiz Antônio Pezão, continua na Esplanada dos Ministérios na pessoa do ex-líder Leonardo.

A operação Cadeia Velha acontece num momento importante, deixando claro que tem razão quem diz que não basta trocar o diretor da PF. O buraco é mais embaixo e haja caminhãozinho para tapá-lo com areia.

Esta operação coincide com a nomeação pelo novo diretor da PF do também novo diretor do chefe da Lava Jato. O que você destacaria desta notícia como mais importante?

De fato, Fernando Segóvia foi ontem a Vitória convidar Eugênio Riccas para a diretoria responsável pelas delegacias que tocam operações de combate à corrupção no País, inclusive a Lava Jato. Vamos ouvir o que o novo diretor tem a dizer.

SONORA 1411 RICCAS

Riccas repetiu o refrão de Segóvia dizendo que a Lava Jato será prestigiada. Lembra aquela história de técnico prestigiado, que termina sendo sempre demitido. Pelo que entendi, esse é o tipo do papo perigoso, que não deixa de demonstrar até uma certa inveja da popularidade das operações tocadas por juízes como Sérgio Moro em Curitiba, Marcelo Bretas no Rio e Vallisney de Souza Oliveira em Brasília.

A nova operação no Rio, atingindo exatamente o PMDB, partido do diretor geral e do novo encarregado das operações contra a corrupções, pode ser uma bola pelas costas da patota que promove as mudanças. Ou confirmar a rotina, que permanece ativa, mostrando aos novos chefões que não vai ser fácil “estancar a sangria”, como definiu Jucá, o Caju da Odebrecht, na conversa gravada pelo delator premiado Sérgio Machado.

As manchetes de primeira página dos três maiores jornais do País destacam a saída de Bruno Araújo do Ministério das Cidades levando Temer a antecipar a reforma ministerial. Será que desta vez os tucanos desceram mesmo do muro e Temer os seguiu?

É o que parece. O ministro das Cidades, Bruno Araújo (PSDB), pediu demissão do cargo ontem, pouco antes de participar de uma cerimônia, no Palácio do Planalto, preparada para ser uma “agenda positiva” do governo. O movimento do primeiro tucano a deixar a equipe deflagrou a reforma ministerial planejada pelo presidente Michel Temer para obter apoio político no Congresso e conseguir aprovar as mudanças na Previdência.

SONORA Pegue seu banquinho Raul Gil

https://www.youtube.com/watch?v=7QVOt8OYJ4g começar no 0:40

(guardar para usarmos sempre)

Em carta dirigida a Temer, que foi pego de surpresa, Araújo mencionou indiretamente o racha interno vivido pelo PSDB. Disse que não tinha mais o aval do partido para continuar à frente da pasta. “Agradeço a confiança do meu partido, no qual exerci toda a minha vida pública, e já não há mais nele apoio no tamanho que permita seguir nessa tarefa”, escreveu.

Quatro horas depois, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência divulgou nota confirmando que “o presidente dará início agora a uma reforma ministerial que estará concluída até meados de dezembro”.

Araújo conversou com Temer pouco antes de acompanhá-lo na solenidade de entrega do Cartão Reforma. Já estava demissionário quando participou da cerimônia. Moradores de Caruaru, em Pernambuco – reduto eleitoral de Araújo – receberam o cartão. Ali, o tucano chegou a usar verbos no passado sobre o período em que comandou a pasta das Cidades, mas ninguém na plateia percebeu que ele estava de malas prontas para deixar a Esplanada.

Deputado licenciado, Araújo disse ao Estado que não havia mais “clima” para permanecer no ministério porque o PSDB não lhe dava respaldo para isso. “Agora, vou me dedicar a trabalhar pela unidade do PSDB”, afirmou ele, que não quis confirmar se será candidato ao governo de Pernambuco, em 2018. “Vou retomar o meu mandato na Câmara e construir alianças para o ano que vem.”

A saída de Araújo, que deu o voto definitivo para o impeachment de Temer, é simbólica em vários sentidos. PP, legenda do Centrão, que forçou a barra pela saída do PSDB da Esplanada dos Ministérios, está cobrando publicamente o lugar para o atual presidente da Caixa Econômica Federal.

Isso não quer dizer que os tucanos tenham largado o osso. Eduardo Imbassahy está pensando em trocar seu partido pelo PMDB para se manter na coordenação política do governo, outro sonho de consumo do Centrão. Muita água ainda vai correr por baixo dessa ponte. Não pense que a saída de Bruno Araújo vai levar na enxurrada mais habitantes do ninho tucano no governo. Essa turma não larga uma boquinha nem na hora da morte.

Também ontem Temer reafirmou que o governo quer aprovar este ano a reforma da Previdência e voltou a destacar que a proposta acabará com privilégios de servidores públicos. Parece que a linha de comunicação mudou nesse tema difícil e delicado, não foi?

SONORA 1411 B TEMER

O presidente voltou a defender que a reforma da Previdência acabará com privilégios na hora de aposentar. “Não faz sentido os trabalhadores da iniciativa privada levarem um tempo mais longo para se aposentar e se aposentem com valor pequeno, enquanto servidores públicos se aposentam mais cedo e com valores estratosféricos. Estamos tendo coragem para fazer isso”, acrescentou.

Temer destacou que a proposta de reforma na Previdência não fará com que as pessoas não consigam se aposentar, lembrando que o projeto prevê uma regra de transição ao longo de 20 anos. “Ou seja, é uma reforma racional porque leva em conta os direitos daqueles que já estão em atividade”, alegou.

O pessoal do Planalto continua apostando no investimento em publicidade para tentar melhorar a popularidade abaixo do pré-sal de Temer. Não é bem por aí. Não vai ser fácil vender a idéia de que a reforma da Previdência vai atingir apenas os privilégios. Afinal, a população tem ciência de que há realmente privilégios inaceitáveis nas folhas de pagamento do Judiciário e do Ministério Público Federal e juízes e procuradores continuam chantageando o governo para terem aumentos pesados nesta época de crise. Temer tem de resistir a isso. E tem de ir além: privilégio mesmo têm os políticos. Será que ele tem peito de mexer nesse vespeiro. É o que veremos a seguir.

O noticiário recente confirma ou desmente o que você tem dito aqui, que a Sete Brasil do Temer, a Oi?

O Estadão de ontem trouxe uma entrevista Juarez Quadros, da Anatel. Juarez Quadros à repórter Anne Warth, em que ele diz não ver uma solução clara no horizonte para os problemas da Oi, que está em recuperação judicial há uma ano e cinco meses, com dívida total de R$ 64 bilhões. Sobre a China Telecom, interessada em comprar a Oi, diz Quadros, “Eles são uma estatal e não vão fazer algo que gere prejuízo para o governo chinês.” A situação da Oi só faz piorar, na semana passada, a Anatel elevou multa aplicada à Oi de R$ 3,7 milhões para R$ 21 milhões. Segundo a Anatel, a Oi desrespeitou uma norma que prevê que os assinantes inadimplentes tenham seus serviços reestabelecidos em até 24 horas. Segundo Quadros, a Oi foi multada porque houve dano ao consumidor.

Quanto as manobras da atuação dos acionistas à frente da Oi, Quadros afirma ‘é uma maneira de jogar, uma maneira de eles protegerem seus interesses.” Pois é Quadros, a China Telecom protege os interesses do governo chinês, os acionistas atuais protegem os seus interesses, e a Anatel? A Anatel tem o dever de defender os interesses dos consumidores, da União e cumprir a Lei. Não é uma opção, é um dever. Está óbvio esse jogo político. Se fosse uma questão técnica, não teriam entrado nessa história, o deputado do PMDB, Baleia Rossi e o filho do Moreira Franco.

Vou repetir o meu comentário de 6 de novembro, último.

O certo é, a Anatel intervém na Oi. Vende os ativos para quem pagar mais e tiver capacidade de operar a empresa. Com produto da venda, a Anatel paga o que a Oi deve a União.Com o que sobrar,  paga os credores. E por último, e se sobrar, paga os acionistas

SONORA Carlos Ely Se é por falta de adeus, até logo

https://www.youtube.com/watch?v=JkDy5vSyHug

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