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Comentário no Jornal Eldorado: O bigode que manda


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O convite retirado por Temer ao deputado Pedro Fernandes (PTB-MA) para o Ministério do Trabalho exibe sem pudor os intestinos apodrecidos do Poder Executivo no Brasil. Primeiramente, o Ministério do Trabalho está entregue totalmente ao PTB, cujo presidente, Roberto Jefferson, delator e condenado no mensalão, negocia pessoalmente a indicação de seu ocupante. Depois, o País descobriu que, enquanto se comenta a entrada do ano em que se comemora o cinquentenário de 1968, o ano que nunca acabou conforme registrou o título do best seller do jornalista e acadêmico da ABL Zuenir Ventura, percebe-se que desde dois anos antes, 1966, Sarney continua mandando no Maranhão e também no resto do Brasil.

(Comentário no Jornal Eldorado da Rádio Eldorado – FM 107,3 – na quarta-feira 3 de janeiro de 2018, às 7h30m)

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 da03jan17

Abaixo, a íntegra da degravação do comentário:

Eldorado 3 de janeiro de 2018 Quarta-feira

O presidente Michel Temer desistiu de nomear o deputado federal Pedro Fernandes (PTB-MA) para o lugar de Ronaldo Nogueira no comando do Ministério do Trabalho. Será que ele fez isso para evitar ficar desgastado com o ex-presidente José Sarney mesmo?

Conforme o ex-deputado e presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, a decisão do Planalto foi tomada após o ex-presidente José Sarney (PMDB-AP) não referendar o nome de Fernandes, aliado do governador do Maranhão, Flávio Dino (PC do B), que será adversário de sua filha Roseane Sarney na próxima eleição para governador do Maranhão, onde o clã Sarney manda desde 1966. O deputado havia sido indicado por seu partido para ocupar o lugar de Ronaldo Nogueira (PTB-RS). Temer pediu a Jefferson uma nova indicação do PTB, que manterá o controle da pasta, mas os dirigentes da sigla ainda não decidiram oficialmente.

Jefferson disse que  “o Palácio me avisou que tinha subido no telhado a nomeação do Pedro Fernandes, me ligou pedindo que pensássemos um novo nome por causa do problema de relação do Fernandes com o Sarney”, disse Jefferson ao Estado. “O presidente Sarney não concorda com o nome. Ele queria conversar, mas o Fernandes não quis conversar com o presidente Sarney sobre o Maranhão. Então, deu problema.”

O Estado pediu uma entrevista ao ex-presidente para comentar as declarações de Jefferson, mas Sarney não atendeu as requisições. Em nota, a assessoria do ex-presidente disse apenas que “ele não foi consultado e não vetou o deputado Pedro Fernandes”. Procurada, a Secretaria de Comunicação do Planalto informou que não comentaria o caso.

Presidente de honra do PMDB, Sarney continua sendo um cacique influente no partido e no governo Temer. Ainda no governo da petista Dilma Rousseff, ele deu aval às costuras pelo impeachment da presidente cassada, depois emplacou Sarney Filho (PV) como ministro do Meio Ambiente e mantém aliados nas estatais Eletrobrás, Chesf e Eletronorte. Também é apontado como um dos peemedebistas que deram aval à nomeação do diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segovia, que antes foi superintendente do órgão no Maranhão. Tanto Segovia como Sarney negam a indicação. Na maior crise do governo Temer, provocada pela delação dos irmãos Batista, da JBS, Sarney aconselhou o presidente pessoalmente. Desde que Temer assumiu a Presidência, ambos tiveram dez audiências oficiais nos palácios do Planalto e do Jaburu. Sarney possui influência nas bancadas no Senado e na Câmara, além de grupos políticos organizados no Maranhão, onde tentará reerguer seu clã nas eleições deste ano, e no Amapá, com apoio ao governo Waldez Góes (PDT).

A decisão de Temer provocou insatisfação na bancada do PTB na Câmara. “Estou esperando o governo me comunicar, porque sou líder da bancada. Liguei para o (Eliseu) Padilha (ministro da Casa Civil) e ele disse que não sabia de nada. Se Pedro Fernandes desistir por conta dele, tudo bem. Agora, por veto de alguém de outro partido eu não acho correto. Já fiquei incomodado com outras nomeações e não falei nada por questão ética”, disse o líder do partido, deputado Jovair Arantes (PTB-GO).

Nos bastidores, a disputa eleitoral no Maranhão foi apontada como o motivo para a insatisfação de Sarney com a indicação. Na semana passada, Temer teria acertado com a cúpula do PTB até a data da posse do deputado no ministério – seria nesta quinta-feira, 4. O ex-presidente controla o PMDB no Maranhão e viu na indicação de Fernandes uma forma de fortalecer politicamente um adversário histórico, o governador Flávio Dino (PC do B). O PTB é base do governo Dino e o filho de Fernandes, Pedro Lucas Fernandes, é secretário estadual. Em 2014, o comunista venceu a família Sarney, após meio século de aliados do ex-presidente no poder. Dino disputará a reeleição tendo como potencial adversária a ex-governadora Roseana Sarney (PMDB), filha do ex-presidente.

O deputado Fernandes já foi aliado da família Sarney e ocupou os cargos de secretário estadual das Cidades e Desenvolvimento Urbano e da Educação no governo Roseana. O PTB permaneceu coligado em 2014, em apoio à candidatura situacionista de Lobão Filho (PMDB), herdeiro político do senador Edison Lobão (PMDB), e aliado dos Sarney. Com a derrota, Pedro Fernandes levou o PTB a aderir ao governo Dino.

Com Pedro Fernandes alijado da nomeação quem deverá conduzir os primeiros passos da reforma trabalhista no governo Temer?

Agora, o PTB estuda indicar para a vaga um dos dois parlamentares que não têm intenção de disputar a reeleição. Os cotados são os deputados Sérgio Moraes (RS) e o pastor Josué Bengston (PA). Moraes ficou conhecido em 2009 por ter dito que estava “se lixando para a opinião pública” ao defender um colega no Conselho de Ética da Câmara.

Demissão. O ministro anterior, deputado Ronaldo Nogueira (PTB-RS), foi exonerado a pedido, na última sexta-feira, 29. Ele pediu demissão argumentando que iria preparar sua campanha à reeleição na Câmara, em meio a suspeita de irregularidades em contratos de informática do ministério, apontados pela Controladoria-Geral da União (CGU).

O episódio exibe sem pudor os intestinos apodrecidos do Poder Executivo no Brasil. Primeiramente, o Ministério do Trabalho está entregue totalmente ao PTB, cujo presidente, Roberto Jefferson, delator e condenado no mensalão, negocia pessoalmente a indicação de seu ocupante. Depois, o País descobriu que, enquanto se comenta a entrada do ano em que se comemora o cinqüentenário de 1968, o ano que nunca acabou conforme registrou o título do best seller do jornalista e acadêmico da ABL Zuenir Ventura, percebe-se que desde dois anos antes, 1966, Sarney continua mandando no Brasil. Está na hora de rever Maranhão 66, obra prima de Glauber Rocha que está sempre atual ao mostrar a miséria do Estado natal do chefão ao substituir Vitorino Freire no comando do Estado. Os tentáculos de Sarney controlam os cordéis na Justiça. Desde julho de 2009 o Estadão está proibido de noticiar a Operação Boi Barrica que virou Operação Faktor, protagonizada por Fernando Sarney por episódios relativos à eleição de 2006.

Por falar em Justiça, a ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), determinou que o Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, em Goiás, passará por vistoria na manhã de hoje. Por que ela fez isso?

A visita foi agendada para as 8h30 pelo presidente do Tribunal de Justiça de Goiás, desembargador Gilberto Marques Filho, e pelo secretário de Segurança Pública e Administração Penitenciária, Ricardo Balestreri.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária (SSPAP), o complexo passou por “revista padrão” em outubro de 2017. Mas, após o motim entre facções rivais de ontem foram encontradas três armas de fogo (duas pistolas 9mm e um revólver 38), além de uma série de facões improvisados. Parte inferior do formulário

O confronto entre alas do presídio deixou nove mortos, entre eles dois decapitados. Os corpos foram incendiados, assim como parte das instalações. Houve 14 feridos. A rebelião ocorreu na Colônia Agroindustrial do Regime Semiaberto. A secretaria disse que 105 detentos continuam foragidos.

Em ofício ao desembargador, Cármen havia concedido prazo de 48horas para envio de informações sobre o presídio e as providências tomadas pelas autoridades do Judiciário e do Executivo em face da rebelião e dos assassinatos.

Hà um ano o País foi surpreendido pelas notícias dos sangrentos massacres de presos em presídios de Nísia Floresta, na Grande Natal, Manaus e Boa Vista. Este ano, não foram registrados casos com violência similar, mas a situação do Rio Grande do Norte com a greve dos policiais militares e civis, os tiroteios em Jacarezinho e na Rocinha no Rio, a morte por bala perdida de uma criança de cinco anos que brincava num quintal na periferia de São Paulo e esse motim em Aparecida de Goiânia mostram que na essência nada mudou nos presídios nem nas ruas do Brasil. O governo federal limita-se a mandar tropas das Forças Armadas para substituir a policia e, no dizer do próprio ministro da Defesa, Raul Jungman, dar “férias a bandidos”. Não há um plano de segurança para o País e a população está à mercê da violência dos bandidos e do despreparo da polícia.

Por que o site O Antagonista acaba de lembrar que o ex-secretário de Sérgio Cabral Régis Fichtner que a Justiça correu para soltar no começo de dezembro continua a ser uma bomba pronta a explodir – e explodir em Brasília? Para quem ele representa uma ameaça?

De fato, O Antagonista fez esse alerta. E, segundo o colunista do Globo Lauro Jardim, Regis Fitchner também atuava, como uma mão, na compra de títulos precatórios e liberava, como outra mão, a liberação do pagamento pelo governo do Sergio Cabral. E ocorre que a Folha de S.Paulo noticiou agora que Regis Fitchner gostaria de fazer delação premiada e “abriu a possibilidade de contar casos sobre o Judiciário, inclusive histórias envolvendo o STJ”

Aliás, em outra série de notas, o mesmo Antagonista lembrou ontem que uma “pressão por absolvição de Lula inclui promoção ao STJ”. O site, que não costuma dar bola fora, apurou que o desembargador Victor Laus, do TRF 4 de Porto Alegre não vai cair no ‘canto da sereia’, ou da jararaca, de que poderá ganhar um assento no STJ se aliviar para Lula no julgamento de 19 de janeiro. Faz tempo que Laus disputou vaga para a Corte e não teve voto algum. Além disso, ele sabe que é preciso um acordo tácito com seus colegas de tribunal para concorrer novamente à vaga. Para quem não conhece, o desembargador foi promotor de Justiça e procurador da República, considerado muito reservado e rigoroso. Natural de Santa Catarina, chegou ao TRF aos 38 anos e a defesa de Lula aposta tudo num voto dissidente da aprovação da condenação para permitir o festival de embargos e recursos que pretende protagonizar depois da deecisão.

Mas esse esquema de nomeações em troca de decisões jajá vem à tona.

É só uma questão de tempo.

Morreu, na manhã de ontem o empresário e ex-ministro pernambucano Armando Monteiro Filho, aos 92 anos. O que você tem a dizer a respeito?

Tomei conhecimento da morte do empresário e ex-parlamentar pelo twitter do governador Geraldo Alckmin e depois acompanhei a repercussão que foi intensa e percorreu todo o espectro ideológico do País. A infausta informação foi confirmada pela assessoria de imprensa do senador Armando Monteiro Neto, seu filho, que foi ministro da Indústria e Comércio de Dilma e é senador da República, Armando Monteiro Filho foi ministro da Agricultura no governo João Goulart, de 1961 a 1962. Foi também deputado federal pelo Estado de Pernambuco por dois mandatos, nas décadas de 1950 e 1960.

Infelizmente tive apenas um rápido contato pessoal com o dr. Armando na casa de praia de seu genro e meu amigo Zé Paulinho Cavalcanti Filho. Na ocasião, tive oportunidade de defender com veemência dois líderes políticos que acompanhou, Getúlio e Lula. Quando lhe perguntei qual o melhor orador da Câmara nos anos 50, Lacerda, da UDN, ou Vieira de Melo, do PSD, ele me disse que era Lacerda, mas completou: nunca o perdoei pelo que ele fez contra Getúlio. E usou todas as suas energias para defender Lula das acusações que o ex-petista tem sofrido. Lealdade é a palavra exata para defini-lo, uma virtude em extinção na atividade pública no País que ficou mais pobre com sua morte. Meus pêsames para Armando Neto, Lectícia, seus filhos, genros, noras e netos.

E agora vai um clássico da bossa nova na voz de Elizeth Cardoso com música de Baden Powell e letra de Lula Freire, filho de Vitorino Freire e amigo de boemia na juventude do filhote político que traiu seu pai, Sarney.

SONORA Cidade vazia Baden e Lula Elizeth Cardoso

https://www.youtube.com/watch?v=3EG_f3u45mQ

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