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Comentário no Jornal Eldorado: Desastrado-geral


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Num balanço, concluído em 15 de dezembro passado, dois analistas informaram ao delegado federal Cleyber Malta Lopes, responsável pela investigação sobre a edição da MP dos portos, que, para o aprofundamento da apuração, seriam necessárias algumas decisões importantes, entre elas a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico de Temer e outros investigados. Isso quer dizer que, ao que tudo indica, usando o verbo que entrou na moda com a correção da Reuters, Fernando Por qué no te callas Segóvia parece estar disputando o título de mais desastrado diretor da PF da História. Isso justamente no momento em que a instituição supera sua imagem negativa de instrumento do Estado policial para ser abraçada pela sociedade em manifestações de rua nas quais seus agentes chegaram a ser oradores.

(Comentário no Jornal Eldorado da Rádio Eldorado – FM 107,3 – na terça-feira 13 de fevereiro de 2018, às 7h30)

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Abaixo, a íntegra da degravação do comentário

Segundo o jornal O Globo, o mais recente relatório do inquérito sobre supostas irregularidades cometidas pelo presidente Michel Temer na edição do decreto dos portos entra em choque com as declarações do diretor-geral da Polícia Federal (PF), Fernando Segovia, sobre a inexistência de indícios de crimes e a conclusão das investigações em pouco tempo. Isso quer dizer que, além do mais, ele mentiu?

Pois é. Num balanço, concluído em 15 de dezembro passado, dois analistas informaram ao delegado Cleyber Malta Lopes, responsável pela investigação, que, para o aprofundamento da apuração, seriam necessárias algumas decisões importantes, entre elas a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico de Temer e outros investigados. O relatório foi revelado pelo GLOBO no mês passado. Lopes retorna essa semana de viagem internacional para se debruçar sobre o caso. Se as medidas recomendas pelos analistas forem acolhidas, o inquérito poderia ganhar novos desdobramentos e se prolongar por vários meses.

Em entrevista publicada na última sexta-feira pela agência Reuters, Segovia afirmou que os indícios encontrados até agora “são muito frágeis”. O chefe da PF também ressaltou que “não apareceu absolutamente nada que desse base” para qualquer acusação por corrupção.

A polícia investiga se houve fraude e pagamento de propina na edição do decreto 9.048/2017, que prorroga os contratos de concessão do setor portuário. Uma das suspeitas é que parte do decreto teria sido direcionado para favorecer a Rodrimar a partir de negociações supostamente intermediadas por Rodrigo Rocha Loures, ex-assessor especial de Temer. A Rodrimar é uma das concessionárias do Porto de Santos.

Isso quer dizer que, ao que tudo indica, usando o verbo que entrou na moda com a correção da Reuters, Fernando Por qué no te callas Segóvia parece estar disputando o título de mais desastrado diretor da PF da História. Isso justamente no momento em que a instituição supera sua imagem negativa de instrumento do Estado policial para ser abraçada pela sociedade em manifestações de rua nas quais seus agentes chegaram a ser oradores.

Por que o presidente Michel Temer não respondeu ontem se Segovia tem condições de seguir no cargo? Será que ele acha que seu silêncio bastará para enfrentar o desgaste produzido pela lambança do subordinado e não percebe que só torna a situação ainda pior?

De fato, Carolina, em visita oficial a Roraima, Temer deixou repentina e subitamente a entrevista à imprensa quando perguntado pela Folha de S.Paulo se o chefe da Polícia Federal errou ao ter comentado sobre um inquérito em andamento. Os jornalistas presentes insistiram na pergunta, mas o emedebista apenas sorriu e acenou, sem responder se o diretor-geral continuará no posto. O ministro da Justiça, Torquato Jardim, também presente na visita oficial, não apareceu nem no pronunciamento à imprensa.

Ele tem se negado desde o final de semana a comentar entrevista concedida pelo diretor-geral à Reuters, na qual indicou que inquérito contra o presidente será arquivado. Segundo ele, até o momento as investigações não comprovaram que houve pagamento de propina pela Rodrimar para a edição de decreto que prorrogava concessão e arrendamento portuários.

O episódio causou uma crise interna na Polícia Federal e constrangimento ao delegado Cleyber Lopes, responsável pela apuração. Com a entrevista, delegados da Polícia Federal têm pressionado a ADPF (Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal) a se posicionar pela demissão do diretor-geral. Nos bastidores, o Palácio do Planalto avalia que Segovia errou, criou uma animosidade desnecessária dentro da Polícia Federal e atrapalhou a condução do inquérito.

Mas Temer não estava em Mangaratiba descansando com a família no carnaval. O que ele estava fazendo em Boa Vista?

O presidente viajou a Roraima para discutir com a governadora Suely Campos medidas para minimizar o impacto da entrada de milhares de refugiados da Venezuela. Ele foi recebido na entrada da sede do governo estadual com um protesto de entidades sindicais, que pediram a sua saída do cargo. Ele foi lá para anunciar que o Brasil criou uma força-tarefa para controlar o ingresso de venezuelanos em Roraima. De acordo com o plano, o Brasil dobrará o número de soldados armados nos pelotões de fronteira no Estado, com duplicação dos pontos de controle na fronteira, no interior  e entre Pacaraima e Boa Vista. Um  hospital de campanha em Pacaraima atenderá  atender o fluxo inicial dos venezuelanos.

Dobrar significa passar de 100 para 200, acredita? Além do mais, Temer prometeu solucionar crise de refugiados venezuelanos em Roraima até o fim do ano. Mas não levou um documento, uma portaria, um projeto de lei para isso. Foi de mãos abanando, e aliás, como é de seu hábito abanando muito, mas sem anunciar planos concretos e apenas papo e acenos.

Ele somente anunciou a assinatura de uma Medida Provisória decretando uma espécie de “estado de emergência social” em Roraima, e a criação de uma coordenação nacional, comandada por um general, para orientar a realização de programações que permitam melhorar as condições.

A quem o governo mais impopular da História da República pensa que engana com promessas, papos a meneios de mão? Temer prometem aliviar a situação do Estado onde opera politicamente um dos chefões do que Janot chamou de “quadrilhão do PMDB”, hoje MDB, Romero Jucá, que acaba de ter prescritos os crimes de que foi acusado num processo analisado ao longo de 14 anos e no qual o ministro do STF Gilmar Mendes passou cinco anos sentado em cima num pedido de vista. Na verdade, comenta-se a boca pequena que o presidente foi dar um cala boca no Nicolás Maduro, da Venezuela, para evitar que ele invada a Guiana. Maduro repetiu o ridículo de uma ameaça que Jânio Quadros fez quando presidente de invadir a Guiana. Agora é a Venezuela. E Temer promete evitar isso com 200 soldados. Quem é mais ridículo dos dois?

Por falar no STF, a defesa do ex-ministro Antonio Palocci pediu ao ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), que libere para julgamento do plenário seu pedido de liberdade. Será que desta vez ele consegue ou vai dar com os burros n’água?

O julgamento do habeas corpus do ex-ministro da Fazenda estava previsto para ser analisado em novembro do ano passado, mas foi suspenso a pedido da própria defesa. Palocci está preso em Curitiba desde setembro de 2016, quando foi alvo da 35ª fase da Lava Jato, a Operação Omertà. Entre os argumentos da defesa ao pedir a soltura do ex-ministro é o longo tempo da prisão preventiva, decretada nove meses antes da condenação. Seu caso ainda não foi julgado em segunda instância.

Palocci protagoniza alguns mistérios da Lava Jato. O maior deles é a insistência dele em fazer uma delação premiada e a insistente negação do Ministério Público Federal em concedê-la. Dá para desconfiar, pois, afinal, muita gente importante do chamado PIB nacional, banqueiros e outros que tais, sentem-se muito ameaçados pela língua presa do ex-ministro da Fazenda de Lula e ex-chefe da casa civil de Dilma. Tem caroço nesse angu.

O empreiteiro Marcelo Odebrecht entregou à Operação Lava Jatouma nota fiscal no valor de R$ 250 mil e um comprovante de pagamento à produção do filme ‘Lula, o filho do Brasil’. O financiamento do longa é alvo de investigação da Polícia Federal. Por que ele só o fez agora?

O Blog do Fausto Macedo reproduz o documento intitulado “cota de patrocínio da obra intitulada ‘Lula, o filho do Brasil’. Conforme contrato”, aponta a nota emitida pela produtora Filmes do Equador, do cineasta Luiz Carlos Barreto. A cinebiografia do ex-presidente Lula estreou em 1º de janeiro de 2010 e custou cerca de R$ 12 milhões. O filme conta a história de Lula, desde a infância dramática no sertão de Pernambuco, aborda sua chegada a São Paulo no pau de arara, as dificuldades que enfrentou ao lado da família, o trabalho na indústria metalúrgica, as históricas campanhas grevistas dos anos 1970 que marcaram o ABC paulista e a ascensão ao topo do sindicato que o consagrou e impulsionou sua trajetória política. ‘Lula, o filho do Brasil’ é uma biografia baseada no livro homônimo da jornalista Denise Paraná.  O empreiteiro está cumprindo pena domiciliar e achou no computador o documento que tinha prometido aos investigadores da Lava Jato. Além de Marcelo Odebrecht, o citado foi convocado para prestar depoimento. O ex-ministro foi questionado, em 11 de dezembro, pelo delegado Filipe Hille Pace sobre a relação que supostamente teria com a produção do filme. O ex-ministro declarou, na ocasião, que ‘deseja colaborar na elucidação de tais fatos’, mas que ficaria em silêncio. Quando o caso foi revelado, o produtor do longa, Luiz Carlos Barreto, negou que tenha ocorrido tráfico de influência. Barreto disse também que negou o pedido de omissão feito pela Odebrecht. “Houve uma solicitação para que não incluíssemos o nome da empresa nos créditos do filme e dos materiais publicitários, condição essa que não foi, por nós, aceita”, afirmou. A fita foi um enorme fracasso e pode ser indicado, como diria a Reuters, como o primeiro sinal de que a bola do petista não está tão cheia assim como pensam seus devotos. Á época do lançamento, o ex-guerrilheiro César Benjamin provocou polêmica ao contar em artigo à Folha de S.Paulo que Lula disse ao marqueteiro que elegeu Bill Clinton com a frase É a economia, estúpido, que tentou estuprar um companheiro de leito na carceragem do DOPS. Mas o escândalo foi logo abafado. E, ainda assim, muito pouca gente acorreu às bilheterias, até porque o filme é muito ruim.

Apesar do reforço de 17 mil policiais anunciado pelo governador Luiz Fernando Pezão (MDB), a capital fluminense e a cidade de Niterói, na Região Metropolitana, viveram uma noite de domingo de carnaval repleta de arrastões e roubos à mão armada. O plano anunciado por Pezão e as tropas federais não evitaram a onda de violência?

De fato, assim como Temer fez em Boa Vista, de nada adiantou o lorotário de Pezão no Rio. Muito papo e pouca efetividade. Depois do falatório, adolescentes em bando assaltaram turistas na zona sul. Moradores da região enviaram vídeos para a Rede Globo mostrando a ação dos criminosos. A maioria aparenta ser menor de idade.

Para encerrar, que tal comentarmos o anúncio feito pelo ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, outro do tal quadrilhão do MDB do Janot, e que agora se diz decepcionado com a política e afirma que ficará fora das eleições, segundo notícia da revista Épcoa em seu portal?

O anúncio merece dois comentários: o chororô de Padilha e a gargalhada do Rabugento

SONORA BEBÊ CHORÃO

SONORA GARGALHADA DO RABUGENTO

Uma das razões apresentadas por Padilha para ir para casa, como aconselhava aquele personagem de Jô Soares na TV  é que deputados não seguem orientações dos líderes das bancadas. “O bezerro não reconhece mais a vaca”, ele citou a frase do pessedista Vitorino Freire, que está na moda na atual crise brasileira. E atualiza o verso do sambista, o que dá pra rir dá pra chorar, problema de peso e medida. Ridículo é pouco.

SONORA Vassourinhas

https://www.youtube.com/watch?v=LafMRGg9E0o 

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