Site oficial do escritor e jornalista José Nêumanne Pinto

BLOG

As duas faces da covardia bolsonarista

José Nêumanne Pinto

O grotesco episódio da tentativa da volta à censura no caso da comédia de Danilo Gentili no desgoverno Bolsonaro revela que a valentia da extrema direita só se aplica contra os mais fracos

A mentira tem pernas curtas, diziam nossos avós. Hoje em dia, na era dos foguetes espaciais, não faz mais sentido enfatizar que a bazófia anda a cavalo, pois eqüinos e muares deixaram de ter relevância entre os meios de transporte. O lamentável episódio em torno da comédia Como ser o pior aluno da classe, de Danilo Gentili, com a participação de Fábio Porchat, tem o condão de revelar que mentirosos exercem sem parcimônia a covardia e fazem muita questão de exibir e, depois, negar a estupidez.
A celeuma girou em torno da cena da obra em questão, na qual um vilão tenta convencer duas crianças a o masturbarem. Ao tomar conhecimento da existência dela, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, amigo do peito do presidente Bolsonaro e da famiglia dele, determinou que subordinados tomassem providências a respeito. Distribuída pela netflix, a fita despertou a ira generalizada da militância direitista. “Na cabeça de um esquerdopata, progredir é aceitar a pedofilia. Para tanto, eles vão tentando botar isso na sua cabeça suavemente, sem que você perceba”, escreveu o deputado federal Eduardo Bolsonaro, que quase virou embaixador no Brasil em Washington mercê de suas prendas como piloto de chapas de hambúrguer nos EUA. “Repugnante, asqueroso”, definiu Mário Frias, canastrão de programas juvenis na televisão e guindado à secretaria da Incultura nessa confederação de primatas.
O livro de Gentili foi lançado em 2009, com indicação para maiores de 18 anos. O longa metragem estreou em 2017, quando recebeu classificação indicativa para espectadores acima de 14 anos. A indicação etária foi definida por uma comissão do próprio Ministério da Justiça, à época, sustentando que a produção tinha “contexto cômico e caricato”, o que serviu de atenuante para a definição de 14 anos como idade mínima. De fato, considerar apologia à pedofilia um contexto de ficção em que o assédio flagrado é praticado por um fora da lei implicaria proibir qualquer clássico do faroeste atribuindo apologia ao assassínio a crimes seriais de malfeitores, sem considerar a ação oposta de mocinhos. Só cérebros desprovidos de massa cinzenta poderiam usar tal pretexto para censurar um filme por menor que seja a qualidade estética do entrecho do produto.
Segundo despacho da Secretaria Nacional do Consumidor, publicado em 15 de março no Diário Oficial da União, caso a disponibilização, exibição e oferta” do filme não fossem interrompidas em até cinco dias, deveria ser aplicada multa diária de R$ 50 mil. De acordo com essa decisão, assinada pela diretora do Departamento de Proteção e de Defesa do Consumidor, Lilian Brandão, a medida foi tomada “tendo em vista a necessária proteção à criança e ao adolescente consumerista”.
Depois da polêmica, a comédia, como não poderia deixar de ser, entrou na lista dos mais vistos na Netflix, na quarta posição. O cineasta conservador Josias Teófilo chamou a decisão do governo de “imbecil” no Twitter, explicando, de forma irônica, que “o filme é tão bom que em cinco anos todos que assistiram sequer se lembram que o assistiram”.
Pelo menos um entusiasta fã, contudo, tomou providência para não deixar provas de seus elogios à comédia, quando a viu, em 2017. O pastor e deputado federal Marco Feliciano (PL-SP), por exemplo, apagou o rasgado elogio de antanho. “Comunico que apaguei o tuíte de 2017 onde elogiei o filme do Danilo Gentili. Confesso que não me recordo da cena que faz apologia à pedofilia, devo ter saído para atender telefone. Se tivesse visto, faria o que sempre fiz com outros filmes, teria denunciado. Ainda dá tempo, tomando providências”, registrou agora o delator confesso.
Unânime foi a reação dos juristas ouvidos sobre a óbvia arbitrariedade censória da medida, citando o inciso nove do artigo quinto da Constituição, que veda totalmente qualquer tipo de proibição, o mais execrado dos ditos “entulhos tolitários” da ditadura militar. Que o atual chefe do desgoverno federal, capitão das malícias Jair Bolsonaro, exalta, embora mantenha nas proximidades do próprio escritório o chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, que participou de uma tentativa fracassada de golpe contra o penúltimo presidente militar, Ernesto Geisel.
A censura é uma típica forma cruel de covardia, o que não exime seus praticantes de manifestações pusilânimes de recuo, como demonstra esse lamentável episódio. Diante da reação da sociedade civil de reprovação à manifestação, nitidamente ditatorial, a autoridade que exerceu seu arbítrio abriu mão da atitude retardatária tomada antes. Os mesmos burocratas que bajulam os chefes de forma, esta sim “repugnante e asquerosa”, voltaram atrás no arbítrio e aumentaram a interdição etária aos menores de 14 para 18 anos.
Assim, fica formalmente esclarecido que a covardia bolsonarista pode ser lerda para bajular o autocrata de plantão, pois passou 804 dias de indigestão para perceber os perigos de apologia à pedofilia e agir. A decisão inconstitucional, como disseram todos os especialistas, foi tomada a três anos, dois meses e meio da subida da a rampa do poder pela direita tonta. Mas é ágil para tentar escapar pela porta dos fundos quando flagrada em estupidez ululante: um dia depois, a tola proibição foi jogada no mesmo cesto de lixo em que Feliciano despejou suas gargalhadas de aprovação.
• Jornalista, poeta e escritor

A mentira tem pernas curtas, diziam nossos avós. Hoje em dia, na era dos foguetes espaciais, não faz mais sentido enfatizar que a bazófia anda a cavalo, pois eqüinos e muares deixaram de ter relevância entre os meios de transporte. O lamentável episódio em torno da comédia Como ser o pior aluno da classe, de Danilo Gentili, com a participação de Fábio Porchat, tem o condão de revelar que mentirosos exercem sem parcimônia a covardia e fazem muita questão de exibir e, depois, negar a estupidez.
A celeuma girou em torno da cena da obra em questão, na qual um vilão tenta convencer duas crianças a o masturbarem. Ao tomar conhecimento da existência dela, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, amigo do peito do presidente Bolsonaro e da famiglia dele, determinou que subordinados tomassem providências a respeito. Distribuída pela netflix, a fita despertou a ira generalizada da militância direitista. “Na cabeça de um esquerdopata, progredir é aceitar a pedofilia. Para tanto, eles vão tentando botar isso na sua cabeça suavemente, sem que você perceba”, escreveu o deputado federal Eduardo Bolsonaro, que quase virou embaixador no Brasil em Washington mercê de suas prendas como piloto de chapas de hambúrguer nos EUA. “Repugnante, asqueroso”, definiu Mário Frias, canastrão de programas juvenis na televisão e guindado à secretaria da Incultura nessa confederação de primatas.
O livro de Gentili foi lançado em 2009, com indicação para maiores de 18 anos. O longa metragem estreou em 2017, quando recebeu classificação indicativa para espectadores acima de 14 anos. A indicação etária foi definida por uma comissão do próprio Ministério da Justiça, à época, sustentando que a produção tinha “contexto cômico e caricato”, o que serviu de atenuante para a definição de 14 anos como idade mínima. De fato, considerar apologia à pedofilia um contexto de ficção em que o assédio flagrado é praticado por um fora da lei implicaria proibir qualquer clássico do faroeste atribuindo apologia ao assassínio a crimes seriais de malfeitores, sem considerar a ação oposta de mocinhos. Só cérebros desprovidos de massa cinzenta poderiam usar tal pretexto para censurar um filme por menor que seja a qualidade estética do entrecho do produto.
Segundo despacho da Secretaria Nacional do Consumidor, publicado em 15 de março no Diário Oficial da União, caso a disponibilização, exibição e oferta” do filme não fossem interrompidas em até cinco dias, deveria ser aplicada multa diária de R$ 50 mil. De acordo com essa decisão, assinada pela diretora do Departamento de Proteção e de Defesa do Consumidor, Lilian Brandão, a medida foi tomada “tendo em vista a necessária proteção à criança e ao adolescente consumerista”.
Depois da polêmica, a comédia, como não poderia deixar de ser, entrou na lista dos mais vistos na Netflix, na quarta posição. O cineasta conservador Josias Teófilo chamou a decisão do governo de “imbecil” no Twitter, explicando, de forma irônica, que “o filme é tão bom que em cinco anos todos que assistiram sequer se lembram que o assistiram”.
Pelo menos um entusiasta fã, contudo, tomou providência para não deixar provas de seus elogios à comédia, quando a viu, em 2017. O pastor e deputado federal Marco Feliciano (PL-SP), por exemplo, apagou o rasgado elogio de antanho. “Comunico que apaguei o tuíte de 2017 onde elogiei o filme do Danilo Gentili. Confesso que não me recordo da cena que faz apologia à pedofilia, devo ter saído para atender telefone. Se tivesse visto, faria o que sempre fiz com outros filmes, teria denunciado. Ainda dá tempo, tomando providências”, registrou agora o delator confesso.
Unânime foi a reação dos juristas ouvidos sobre a óbvia arbitrariedade censória da medida, citando o inciso nove do artigo quinto da Constituição, que veda totalmente qualquer tipo de proibição, o mais execrado dos ditos “entulhos tolitários” da ditadura militar. Que o atual chefe do desgoverno federal, capitão das malícias Jair Bolsonaro, exalta, embora mantenha nas proximidades do próprio escritório o chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, que participou de uma tentativa fracassada de golpe contra o penúltimo presidente militar, Ernesto Geisel.
A censura é uma típica forma cruel de covardia, o que não exime seus praticantes de manifestações pusilânimes de recuo, como demonstra esse lamentável episódio. Diante da reação da sociedade civil de reprovação à manifestação, nitidamente ditatorial, a autoridade que exerceu seu arbítrio abriu mão da atitude retardatária tomada antes. Os mesmos burocratas que bajulam os chefes de forma, esta sim “repugnante e asquerosa”, voltaram atrás no arbítrio e aumentaram a interdição etária aos menores de 14 para 18 anos.
Assim, fica formalmente esclarecido que a covardia bolsonarista pode ser lerda para bajular o autocrata de plantão, pois passou 804 dias de indigestão para perceber os perigos de apologia à pedofilia e agir. A decisão inconstitucional, como disseram todos os especialistas, foi tomada a três anos, dois meses e meio da subida da a rampa do poder pela direita tonta. Mas é ágil para tentar escapar pela porta dos fundos quando flagrada em estupidez ululante: um dia depois, a tola proibição foi jogada no mesmo cesto de lixo em que Feliciano despejou suas gargalhadas de aprovação.
• Jornalista, poeta e escritor

A farsa em vez da conciliação

Conciliação prometida por inocentes inúteis do petismo cínico com a consagração da chapa Lula-Alckmin tem precedentes históricos que resultaram neste decênio de arraso e atraso de um país perdido

Não faltam boas almas interessadas em garantir posto de honra no purgatório Brasil afirmando que a eventual chapa Lula, do PT, e Alckmin, do PSDB (com o D de democrático devidamente amputado da sigla), possibilitará o necessário governo de coalizão. Há quem busque razão na aliança que atualmente tenta manter a Alemanha unida de pé sem gás russo e com um aliado esfrangalhado na própria terra, chamado Joe Biden. Ninguém ainda chegou à conclusão (mais exagerada) de que o ex-dirigente sindical, que quase levou a poderosíssima Petrobrás à bancarrota, rezará nestes tristes trópicos na cartilha que apeou Netanyahu do poder na pátria de Cristo e Caifás. Quem nesse calor de torrar que amolece os miolos dos brasileiros num verão dos diabos não tem sua própria versão sobre o sucesso do premiê israelense, Naftali Bennett, unindo esquerda, direita, centro, esperançosos e desiludidos num balaio de gatos que miam, urram e ladram, mas terminam se entendendo muito bem, hein?
Mas não é preciso ir tão longe para cometer um engano tão difícil de engolir como a travessia do Mar Vermelho pelo patriarca Moisés, ainda mais agora que Cecil B. de Mille morreu e não deixou substitutos na encenação de superproduções desse quilate. Basta lembrar as peregrinações que o profeta liberal-petista egresso da luta armada, Antonio Palocci, percorria entre Paulista e Faria Lima para cantar a ciranda da coalizão capital-trabalho resumida na dita Carta aos Brasileiros. Nem o latim de Lewandowski e Gilmar comporta tanto cinismo nessa reedição reduzida e imaginária da fórmula cênica que fez de José de Alencar, um insignificante industrial têxtil em terra de tutu e leite, o garante de um sonho que tingiu as narrativas de ex-guerrilheiros que tungaram a Viúva recitando orações ecumênicas e digitando senhas facilmente decoradas no maior fracasso do Estado oligárquico brasileiro desde os massacres de Canudos e Contestado.
Ora, ora, ora, bobalhões de plantão, o Lulinha paz e amor engendrado pelo baiano Duda Mendonça, é o verdadeiro encenador dos dez anos de fracasso nos quais os brasileiros pobres e sem representação em ministério, no parlamento e no aparelho judicial afundam na miséria, enquanto maganões destroçam o Tesouro, que virou mera teta. Lula, o Bonançoso, inventou Dilma Tatibitate, que não era o gênio que ele imaginava ao vê-la abrir computador em reunião nem a babaca à qual não conseguiu impingir a própria candidatura para sucedê-la. Ele a escolheu para guardar o lugar e também os feitores da fábrica particular de codinomes da esquerda para apelidar papões de propinas de que emergiu a solução conciliadora de Michelzão, recentemente absolvido de traquinagens no porto de Santos, onde o pai do papa do PT era analfabeto contratador de estiva.
Quem imaginar que o anestesista do Vale do Paraíba representa qualquer coisa de significativo para garantir a eventual metamorfose de inimizades políticas insuperáveis em conciliação de paz e usufruto está convidado a visitar seu currículo de profissional da gestão pública que era chamado de “picolé de chuchu” pelos mesmos que hoje o chamam de pavão do Paraíso. O gênio que soprou Geraldinho na lâmpada chamava-se Mário Covas. Foi o ex-janista de Santos quem entregou por obra e graça de gestões competentes e ilibadas ao garoto de recados. E este, à falta de competidores que o desmascarassem, foi ficando no governo do maior Estado de Federação por absolutas falta do que fazer e incapacidade de formar um grupo capaz de tocar a herança benigna de seu antigo companheiro de chapa. Nem no Google seria capaz de se encontrar alguém com o perfil de Wikipédia do futuro candidato ao substituto num impeachment de Lulão Ferro e Fogo à imagem daquele personagem que estava sempre enfezado nos jornalecos dos sindicatos do ABC. Refere-se este desaforado autor ao feito inédito de receber menos votos no segundo do que no primeiro turno, ambos disputados com o atual cabeça-de-chapa. E isso no ano em que o referido papa-angu era desmascarado como o sultão do propinoduto da Odebrecht, tornada marca de empreiteira “corrupteira” por falta de excelência. Ou seja, tudo isso num cenário de fazer qualquer cronista de desaforos esquecer o óbvio da demolição da obra política e financeira, que ele nunca conseguiu administrar.
O vice de Covas entregou de mão beijada o próprio lugar à sombra a um capacho do PT do PSB de Miguel Arraes e Eduardo Campos na repetição chinfrim da teoria de Hegel melhorada por Marx no 18 Brumário de Luís Bonaparte – a de que a História se repete, só que a tragédia torna-se comédia. Márcio França não é chamado de Márcio Cuba à toa. A enciclopédia de tolices produzida pelos áulicos da chapa Lula-Alckmin também doará o Estado de São Paulo ao mais medíocre prefeito da História da capital, Fernando Haddad. E isso reduzirá a genial observação do autor de O Capital a uma anedota grosseira daquelas que Lula contaria a membros da diretoria do sindicato dos metalúrgicos em qualquer boteco pé sujo de Diadema, Havana ou Manágua. A metamorfose de França/Cuba em Haddad também é subproduto do pior efeito produzido pela esquerda rala barriga em balcão da História do Brasil: a eleição de Bolsonaro em 2018, abrindo a polarização que realmente conta e que transformará o MMA nas urnas do ferramenteiro contra o capitão de milícias numa permanente disputa de reeleições da qual a de 2022 será a inauguração funesta de muitas a virem futuro afora. A guerra entre o vampiro e a múmia pela perene Presidência da República com eventuais intermezzos ridículos como os de Dilma e Temer, tende a transformar a vida dos cidadãos pobres e honestos do Brasil em algo que o Inferno de Dante poderá comparar-se com o Paraíso Perdido de Milton. Corrupção deixa de ser crime e torna-se condecoração. O horror, o horror!
*Jornalista, poeta e escritor

Capacho a vida inteira?

Estação José Nêumanne Pinto – Cantando de galo, quarta 9:

Em plenário virtual, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por 6 a 5, o óbvio: não tem sentido negar a brasileiros aposentados que contribuíram em toda a vida ativa para sua aposentadoria que recebam o equivalente ao máximo da aposentadoria recolhida. Ou seja: em dia de excelso, o pretório mandou considerar todas as contribuições previdenciárias que o segurado tenha feito em sua vida profissional, incluindo as anteriores a julho de 1994, data aleatória e inexplicável. Daí o nome da ação: vida inteira. Em agosto do ano passado, a decisão foi dada como de repercussão geral. Já é absurdo que o caso tenha sido levado a a longo e custoso, julgamento resolvido por placar apertadíssimo, apenas um voto de diferença, pois se trata de discriminação sem justificativa (se é que pode haver ato discriminatório que se justifique). A vida inteira passou e ponto final? Não. O primeiro ministro nomeado por Jair Bolsonaro, Nunes Marques, pediu destaque para forçar a necessidade de nova votação, agora presencial. Dificilmente os votantes mudarão seus votos, mas a pretensão do vassalo do capetão sem noção é ganhar tempo para que o governo de seu padrinho continue arrecadando o máximo para comprar votos na eleição enquanto a decisão volta ao zero e cumpra os rituais de hábito. Isso ocorreu na quarta-feira 9 de março de 2022, data em que o mesmo plenário anulou decisão do dito cujo capacho tentando driblar a lei da ficha limpa. Cara de pau é pouco.

Alckmin doa São Paulo ao PT

Cantando de galo – Na última manifestação desta coluna de desaforos do bem classifiquei de piada a chapa Lula-Alckmin. E meu amigo Zeca Cunha protestou: não é graça, mas desgraça, não é humor, mas tragédia. Assim, depois de anos de domínio, graças ao profícuo trabalho do antecessor Mário Covas, o ex-vice governador paulista entrega de mão beijada o maior Estado da Federação àqueles que tratou como inimigos a vida inteira. Nem sempre. Márcio França, que o recebeu com girândolas no PSB, já governou os paulistas dentro dos moldes que o PT não faria pior. Então, ficamos combinados: o herdeiro de Covas passa seu legado aos falsos inimigos de antanho.

Te engano que eu gosto

Na produção do dia, o “te engano que eu gosto” do duo Lulinha e Geraldinho

Cantando de galo, site Estação José Nêumanne Pinto

Te engano que eu gosto
Cantando de galo 2 – Geraldo Alckmin entrou no PSB e Lula conta com sua participação como vice na chapa presidencial do PT em 2022. Trata-se de uma piada de péssimo gosto. Lula e Fernando Henrique estiveram juntos na campanha para o Senado antes de o PSDB sequer existir. E depois se juntaram nos comícios das diretas. Daí em diante, do governo Itamar Franco para cá, encenaram uma polarização que só seria destruída na eleição de 2018, quando a esquerda sindical e a direita radical passaram a encenar a falsa polarização, que agora querem reestrear na eleição presidencial deste ano. A farsa em questão subverte o ditado masoquista do “me engana que eu gosto” confessando: “te engano que eu gosto”.

Gabeira fala do horror do Brasil

Na produção do dia, Gabeira comenta o Brasil na invasão da Ucrânia

Dois dedos de prosa, domingo 6:
Vamos do horror à mediocridade, diz Gabeira
1 – Em #doisdedosdeprosa, #fernandogabeira revelou que sua expectativa é a de que o Brasil se livre do horror para seguir na mediocridade, e antes isso! 2 – O documentarista da #globonews lamentou que a o impacto produzido pela invasão da Ucrânia tirou o foco da tragédia das chuvas em Petrópolis. 3 – O autor de “O que é isso, companheiro?” acha que a guerra na Europa não é ideológica, pois a violência substituiu a ideologia no epicentro do conflito. #joseneumannepinto. Direto ao assunto. Inté.
Para ver vídeo no YouTube clique no link abaixo:
https://youtu.be/hb2Ggieo8GM

Página 4 de 178«...23456...1015202530...»
Criação de sites em recife Q.I Genial

Deprecated: Directive 'track_errors' is deprecated in Unknown on line 0