Site oficial do escritor e jornalista José Nêumanne Pinto

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Almir: Lula e Bolsonaro dividem o País

Na produção do sábado, Pazzianotto detona Lula, Bolsonaro, Moro e Doria, viche!

Nêumanne entrevista, sábado 2:

1 – Nenhum dos dois favoritos à eleição deste ano – Lula ou Bolsonaro – tem condições para reunificar o País, que está dividido, acha Almir Pazzianotto.
2 – No #neumanneentrevista, o ex-presidente do TST avisa que Bolsonaro é militarista e sua reeleição exporá o País a uma situação muito perigosa.
3 – Ex-ministro do Trabalho criticou a mudança de domicílio eleitoral de Moro para São Paulo e diz que Doria não tem bases eleitorais para ser presidente.
#joseneumannepinto. Direto ao assunto. Inté.
Para ver vídeo no YouTube clique no link abaixo:
https://youtu.be/sAYleAQIRhI

O golpe do tio Sam em 64

Goulart não foi derrubado há 58 anos por militares brasileiros para evitar uma república sindicalista, mas por intervenção militar dos EUA para atender a interesses econômicos de suas grandes empresas

Há 58 anos, perduram várias dúvidas sobre o pronunciamento militar que deu início à mais longeva interrupção da democracia no continente americano. A mais antiga delas atribui a data em que é festejado pela direita e pelos militares como sendo o da efeméride: 31 de março. Mas uma mistura de dúvida e anedota atribuiu o início da derrubada do presidente democraticamente empossado, João Belchior Marques Goulart ao dia seguinte, 1.º de abril, data consagrada nacionalmente de forma jocosa á mentira, Na madrugada desse dia as tropas sob o comando do general Mourão Filho, que a si mesmo chamava de “vaca fardada”, avançaram rumo ao Rio de Janeiro para evitar reações de outros milicos ao golpe, caso do célebre almirante Aragão, contra quem o então governador da Guanabara, o golpista Carlos Frederico Werneck de Lacerda, se armou para resistir ais fuzileiros navais sob seu comando, enquartelado no palácio.
A efeméride, contudo, não tem importância nenhuma, pois o certo é que, mesmo tendo sido considerada extinta com a eleição indireta de Tancredo Neves e José Sarney pelo Colégio Eleitoral, que instituiu a chamada Nova República para lhe decretar o fim, que, pelo menos nos quartéis, até hoje não se consumou. Durante meio século e mais oito anos, o comando geral do Exército e seus subordinados nas casernas divulgaram ordens do dia, ignoradas por todas as autoridades civis governantes, exaltando os valores democráticos como se tivessem restaurado, e não dizimado a democracia vigente desde a Constituição liberal de 1946. Agora, graças à farta documentação disponível no Arquivo da Segurança Nacional, organização não governamental atuante nos EUA, é possível saber que essa enganação absurda, segundo a qual a interrupção da ordem civil foi necessária para garantir a eleição presidencial de 1951, não é coisa nossa. Mas a importação de um pretexto inventado por ianques, entre os quais se destacaram os presidentes John Kennedy e Lyndon Johnson, o diplomata Lincoln Gordon e o general Vernon Walters, agente da CIA, operando na Embaixada. A ação subversiva custou US$ 11 milhões, uma dinheirama à época, conforme o próprio Kennedy, só convencido pelo argumento de Gordon de que muito mais custaria uma campanha eleitoral.
A fímbria do tapete que tem encoberto a narrativa dos fatos foi levantada na primeira vez com a divulgação do teor de uma fita gravada em 31 de março de 1964, na qual, o substituto de Kennedy no Salão Oval da Casa Branca, Johnson, foi informado oficialmente da ida de uma força-tarefa naval das Antilhas para o litoral de Santos na “Operação Brother Sam”. Era composta de um porta-aviões, quatro contratorpedeiros e cruzadores de apoio, além de navios petroleiros. O Brasil siybe disso na reportagem de Marcos Sá Corrêa, publicada no Jornal do Brasil e reproduzida no livro 1964 Visto e Comentado pela Casa Branca, de 1977.
Camilo Tavares teve acesso à degravação da tal fita quando pesquisava sobre 64 na vida de seu pai, Flávio Tavares, que foi trocado pelo embaixador americano, Charles Elbrick. E o que ele descobriu na pesquisa de três alentados volumes alterou o objetivo de sua pesquisa, adiada, por causa de descobertas que estarreceram o cineasta e seu pai, o jornalista e escritor Flávio Tavares.
Com a ajuda do pai, que fez as entrevistas com personagens e especialistas, montou o documentário O dia que durou 21 anos, que estreou nos cinemas brasileiros em 27 de setembro de 2012 e hoje é disponível em streaming na Globoplay (para assinantes) e no YouTube (gratuitamente). O documentário ainda não mereceu de historiadores e repórteres a atenção devida, pois comprova em gravações de própria voz de Kennedy, Johnson e Gordon a evidência cristalina e absoluta de que a chamada revolução gloriosa ou redentora do Exército brasileiro não passou de uma traição asquerosa à Pátria a serviço da maior potência estrangeira, que a financiou, planejou e executou para evitar consequências danosas a grandes empresas ianques como a telefônica ITT e a energética Amforp, cujas filiais no Rio Grande do Sul foram nacionalizadas pelo então governador, Leonel Brizola, cunhado do presidente e prócer antiamericanista no Brasil à época.
Então a esquerda estudantil intuiu o que o documentário revelou ao gritar a plenos pulmões nas passeatas contra a ditadura: “Chega de intermediários, Lincoln Gordon para presidente”. Os generais do golpe, que, na verdade, não passou de uma intervenção militar colonialista americana, protagonizaram vexames, como as intimidades que Castello Branco, tido como um homem reto, contava a seu amigo Vernon Walters, dublê de general do exército dos EUA e agente da CIA. Lúcidas observações dos historiadores Carlos Fico, PeterKornbluh, coordenador da Ong Arquivo da Segurança Nacional, e James Green, da Universidade Brown, em Providence, Rhode Island, guiam o espectador pelos caminhos tenebrosos e tortuosos da verdade histórica, que ordens do dia mentirosas não ocultam.
Meu papo com Camilo Tavares no Dois Dedos de Prosa no canal do YouTube, editado no aniversário oficial da ignomínia, ocorre no momento em que o presidente da República, Jair Bolsonaro, eleva o notório torturador dos subterrâneos da ditadura cabocla, financiada por empresários norte-americanos, coronel Brilhante Ustra, ao apanágio da Pátria, que ele diz amar . O que 58 anos de cegueira em relação à verdade fundamental da intervenção americana fantasiada de golpe é um vexame a se acrescentar a escravidão, abolição, Canudos e Contestado, em nome da República. Esta é pior, pois, como lembra Kornbluh, na última fala do filme: “e tudo foi feito em nome da democracia.”
*Jornalista, poeta e escritor

O legado de Jair, segundo Gilmar

José Nêumanne Pinto

O “bamba” que manobra cordéis para inocentar multicondenado na mais alta corte de Justiça confessa que conspira contra o inimigo comum com o presidente da República para lhe tirar pedra do sapato

Num dia incerto, e agora sabido, o presidente da República, Jair Bolsonaro, disse ao ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes: “Olha, cometemos muitos erros e entre eles está ter nomeado Sergio Moro. Se tivéssemos um ano de experiência antes, talvez não tivéssemos feito isso”. O togado respondeu: “Não, presidente. Entre os seus legados está ter nomeado Sergio Moro ministro da Justiça e depois tê-lo devolvido para o nada”. Este não é um diálogo extraído de fake news, instrumento político do clã Bolsonaro, nem a reprodução de uma informação colhida em celular de autoridade pelo Intecept Brasil e. depois, divulgada por Telegram.
Trata-se da reprodução de uma entrevista dada à Bloomberg por um de seus protagonistas, o matogrossense que disputa a liderança do pretório, que se torna menos excelso a cada vez que o citado presidente da República nomeia seu novo membro, com o colega, paulista, Alexandre de Moraes. Nele um dos protagonistas mostrou com quantos desaforos constrói a própria impunidade. E o interlocutor nada negou, o que confere à narrativa autenticidade, apesar de revelar um evidente desrespeito não apenas ao decoro de ambos no exercício de seus cargos públicos, mas a princípios fundamentais do Estado de Direito. E ainda mais espanto pela atitude de conspiração, muito mais próxima do florentino Maquiavel do que de Montesquieu de Brède, vizinha a Bordéus, conceituado terroir de vinhos de excelência produzidos na França. De vez que o conceito do nobre prevê a harmonia, e não a cumplicidade entre os poderes republicanos, proposta de forma crua (e cruel) pelo patrono do cinismo na real politik de hábito.
Gilmar, a quem seu ex-colega na dita Suprema Corte Joaquim Barbosa, em embates no julgamento do maior escândalo (até então) da vida pública nacional, o dito mensalão pelo delator, Roberto Jefferson, atribuía o comando de jagunços em suas propriedades no Centro-Oeste, não é jejuno em despudor. Não escondeu de ninguém suas refeições no Palácio do Jaburu, residência do vice-presidente promovido por impeachment da companheira de chapa presidencial, Michel Temer, que, a exemplo do atual comensal, o capetão sem noção, nunca foi propriamente da estirpe de vestais. Os constitucionalistas de Diamantino (MS) e Tietê (SP) dificilmente terão aproveitado a carona no avião presidencial no trajeto transatlântico para velar o socialista Mário Soares, a cujo velório aquele não compareceu, em Lisboa, em discussões estéreis e abstinentes sobre o legado de Marcelo Caetano, último herdeiro do fascismo luso de Salazar. É pouco provável, da mesma forma, que tenha aproveitado o encontro com o capitão-terrorista, que Geisel desqualificou como militar, para usar o idioma alemão, causa de enfado de membros do Supremo Tribunal Federal que não tiveram o privilégio de estudar na terra de Goethe.
Os juristas que foram ou ainda podem ser convidados a lecionar no Instituto de Direito Público, instituição particular de ensino e meio de vida da família do insigne togado, não farão muito esforço para negar que encontros fortuitos para fins alimentares ou etílicos entre chefes de poderes não constituem crimes de responsabilidade. Ou seja, bajulador e bajulado não têm por que temer um inesperado escorregão de Artur Lira ou Rodrigo Pacheco capaz de levar à votação algum dos inúmeros pedidos de impeachment que fazem sesta perene nas mesas de Câmara e Senado. Da mesma forma, seus mais encardidos inimigos entre procuradores da Lava Jato e parlamentares da oposição inerte ou da terceira via obstruída não encontrarão no Espírito das Leis, da lavra do barão, algo que sequer desaconselhe a prática de beijar mão ou lavar pés de potentados de sistemas tripartites de poder. De bom tom não é. Mas nada que possa tirar o advogado Augusto Aras de sua decisão de não molestar a folha corrida do amigão que o mimoseou com a Procuradoria-Geral da República. Certo?
Se Gilmar tivesse alguma preocupação com a própria compostura de supremo julgador em última instância, não teria passado de algoz para arauto do “mais forte são os poderes de Lula” só porque o ex-juiz Sérgio Moro condenou tucanos. Apesar de ter sido anatemizado por dividir sorrisos com Aécio Neves, traidor da memória do avô, Tancredo, lambendo as solas sujas do mensageiro do fascismo bananeiro. Se o petista José Eduardo Cardozo reduziu seu latim às declinações de dona Dilma e o PSDB de Mário Covas e Fernando Henrique virou passa moleque do camelô da pílula do câncer, por que Gilmar, logo ele, teria de disputar diploma de boa conduta depois de elevado ao Olimpo dos chaves-de-cadeia? Não vale bater continência para o patriarca dos PMs desvalidos e dos vendilhões do templo, que pedem propina em ouro vivo para gastar a miséria que cabe à educação no país que aboliu a escravidão africana em último lugar e massacrou os beatos de Canudos e Contestado? Por quais cargas d’água, então, não dar glórias a quem tornou possível inocentar o multiprocessado e condenar juiz e procurador, seus inimigos figadais?
Enquanto a Pátria amada, idolatrada, salve (mas nunca salva), se prepara para reeleger o malaco-mor pela segunda vez ou o padroeiro dos milicianos pela vez primeira, Macunaíma dá o mote de um novo dístico para a bandeira que Castro Alves usou para enxugar o pranto dos miseráveis: “musa, chora… e chora tanto que o pavilhão se lave no teu pranto!” No lugar de “ordem e progresso” de positivistas visionários o “ai, que preguiça” de negociantes do negacionismo genocida.
• Jornalista, poeta e escritor

Poesia em casa

Poesia em casa

Para Isabel e Artur

Neste Dia Mundial da Poesia
terei de dizer a meus amigos
que não me cumprimentem,
pois há dez anos poesia
não faço mais como já fiz,
de vez que agora eu convivo
com faces, fases e feitiços.
À noite entrego meu guri
aos braços de Morfeu,
logo cedo, saúdo Clio
na sacerdotisa da deusa ao lado
com beijos, más intenções,
cargas de benquerença
e explícitos desejos.
Ao sair do chuveiro
uso o perfume
que ela escolheu
para me distinguir
de outros mortais
que não a conhecem.
Não sou autor,
sou escravo dela,
cumpro suas ordens,
respeito seus caprichos
e faço de lei sua vontade.
Sem hora, a poesia
é sempre dia, mesmo à noite,
quando a lua reflete
a luz solar de suas retinas
e remexe em quadris
sobre coxas que nem Da Vinci
ousaria desenhar.
A poesia sempre tem
mistérios a revelar,
sonhos a provocar
e amor a partilhar.

José Nêumanne Pinto 21 de março de 2022

PF blinda Bolsonaro de novo

Na produção do dia, diretor da PF troca delegado para blindar Bolsonaro

José Nêumanne Pinto
Vídeo no YouTube, quinta 17:
PF blinda Bolsonaro de novo
1 – Novo diretor da PF, órgão de Estado, não de governo, trocou de novo delegado encarregado de inquéritos sobre corrupção de Bolsonaro. 2 – Merval escreve no Globo sobre gastos públicos para comprar votos em anos eleitorais, como é o caso deste: 13º antecipado, auxílio, etc. 3 – No programa Quinta, às 5, Felipe Moura Brasil vamos debater no canal do parceiro: https://www.youtube.com/results?search_query=canal+felipe+moura+brasil #joseneumannepinto. Direto ao assunto. Inté.
Para ver vídeo no YouTube clique no link abaixo:
https://youtu.be/psGUh5XOx3Y

Filme de Danilo Gentilli escapa da cednsura

Vídeo no YouTube, quarta 16:
Filme de Danilo Gentili escapa da censura
1 – Reação de juristas fez Ministério da Justiça recuar da abominável censura à comédia com Fábio Porchat, que teve proibição aumentada de 14 para 18 anos. 2 – No momento em que sua bancada de apoio aprova urgência para liberar mineração em reservas de índios, Bolsonaro se condecora por mérito indigenista. 3 – Enquanto a Ucrânia recusa neutralidade à Rússia invasora, Putin é considerado “criminoso de guerra” ´pela unanimidade dos senadores norte-americanos.
Para ver vídeo no YouTube clique no link abaixo:
https://youtu.be/qFDCL43tE1M

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