Site oficial do escritor e jornalista José Nêumanne Pinto

Artigo da coluna no Grupo Ric de Comunicação: Autogolpe de Bolsonaro em marcha


Warning: Illegal string offset 'class' in /home/storage/2/10/42/neumanne2/public_html/novosite/wp-content/themes/neumanne/epanel/custom_functions.php on line 78

Warning: Illegal string offset 'alt' in /home/storage/2/10/42/neumanne2/public_html/novosite/wp-content/themes/neumanne/epanel/custom_functions.php on line 79

Warning: Illegal string offset 'title' in /home/storage/2/10/42/neumanne2/public_html/novosite/wp-content/themes/neumanne/epanel/custom_functions.php on line 80

O Grupo Ric de Comunicação põe à disposição de emissoras de rádio e jornais impressos ou em edição virtual três podcasts de três minutos cada e um artigo por semana. Interessados em publicar este material original deve entrar em contato com mash.leonardo@gruporic.com.br

Autogolpe de Bolsonaro em marcha

José Nêumanne

Com leniência do Exército, parte do Centrão comprada e empresários à espera de ajuda, capitão desafia STF

Exemplos de autogolpes na História não faltam ao ocupante do principal gabinete do Palácio do Planalto professores. Adolf Hitler era primeiro-ministro num cambalacho de partidos na República de Weimar quando mandou pôr fogo no Reichstag (parlamento alemão). E se aproveitou da senectude do presidente Paul von Hindenburg para se tornar o Führer (condutor, em português). Com a condescendência do rei Vittorio Emanuele II, o fascista Benito Mussolini usou pobreza e mágoa da Itália, abandonada pelos aliados ricos que venceram a Grande Guerra, para tomar o poder como duce (guia, em português). Deu na Segunda Guerra Mundial. No Brasil, Getúlio Vargas seguiu seus passos e trocou a presidência constitucional pela chefia da ditadura do Estado Novo, em 1937.

Ignorante em praticamente tudo, o presidente Jair Bolsonaro, investido do maior poder republicano com uma votação com mais de 57,7 milhões de votos no segundo turno, deu a dica que faltava para a marcha que Jânio Quadros tentou encetar em 1961 e malogrou. No meio da maior crise sanitária da História, na perspectiva de uma recessão econômica que superará até o craque da Bolsa de Nova York em 1929 e em plena crise política provocada por ele mesmo com o afastamento de Mandetta e Moro do Ministério, ele confessou que levou o País à iminência de um caos institucional. Proibido de trocar o diretor-geral da Polícia Federal, órgão do Estado, e não do governo, muito menos da assessoria pessoal do presidente, para o compincha de seus filhotes malandros, Sua Insolência, em pleno isolamento, insultou o ministro do Supremo Tribunal Federal que interrompeu sua tentativa de intervir na polícia judiciária para blindar o clã. Acusou Alexandre de Moraes de ter dado uma “canetada” de natureza política violando a Constituição, que, dias antes, declarou que encarnava.

Ingredientes para o autogolpe não faltam. Militares juram amor à Constituição, mas fazem vista grossa para seus crimes, como a adesão ao comício pedindo “intervenção militar com Bolsonaro já” no Dia do Exército (19 de abril), à frente do QG do Exército. A quebra de hierarquia, violando a Constituição, foi praticamente autorizada pela Força. Enquanto acusava o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, de dar golpe e a pandemia da covid-19 planta cadáveres pelo país inteiro, ele começou a comprar à luz do dia próceres do Centrão, com dois objetivos. Um é evitar que com três quintos dos votos em plenário seja votado um dos mais de 30 processos de impeachment na Casa. Tudo indica que conseguirá. O outro, livrar-se e blindar seus três filhos mais velhos, 01, 02 e 03, o trio nota zero, de incriminação na CPMI das fake news e em processos instaurados pelo STF para investigar o “gabinete do ódio”. Por enquanto, não parece fácil. Será?

*Jornalista, poeta e escritor

(Artigo da coluna semanal no Grupo Ric Mais)

Para ler no Site do Grupo Ric Mais clique aqui.

Envie para um amigo

Criação de sites em recife Q.I Genial

Deprecated: Directive 'track_errors' is deprecated in Unknown on line 0